Portugal Campeão Europeu de Futebol de Praia 2010!

11 dias decorridos sobre a triunfal conquista da Liga Europeia de Futebol de Praia 2010, a minha insuperável alegria de adepto fervoroso da selecção nacional ainda não se esgotou e continua a fazer sorrir a minha alma feliz.

Será fácil compreender que, mais de uma semana depois do feito heróico dos guerreiros das areias lusitanas, o sentimento vitorioso que dominou o meu estado de espírito tenha sido de alguma maneira atenuada pelo tempo. De facto, é esta a infeliz razão pela qual não conseguirei traduzir da forma mais adequada o entusiasmo e o deslumbramento com que vivi estes belíssimos momentos do futebol de praia nacional.

No entanto, esta fantástica experiência emocional permanece bem viva na minha mente e será com um enorme prazer que sempre recordarei cada instante daquele dia estóico. Memórias que nunca se apagarão, podem crer.

Uma coisa é certa: Portugal venceu a Liga Europeia de Futebol de Praia 2010 e sagrou-se campeão europeu da modalidade desportiva mais espectacular do planeta! Parabéns a todos, pessoal! Foram extraordinários!

Festejos dos jogadores portugueses no momento em que recebem a taça!

No momento em que o capitão português Madjer ergueu a taça da Liga Europeia de Futebol de Praia 2010, todos os jogadores e membros da equipa técnica festejaram efusivamente a grande conquista do desporto nacional! Somos enormes! Grande feito! Parabéns, Portugal!

Liga Europeia de Futebol de Praia 2010: Superfinal em Lisboa

Para quem não se encontra dentro do assunto, direi rapidamente que a Liga Europeia de Futebol de Praia consiste na numa competição anual, que compreende uma fase regular (composta por várias etapas) e uma Superfinal, sendo todos estes torneios disputados ao longo dos meses de Verão, em diferentes locais do continente europeu. Sendo considerada a competição mais importante do futebol de praia europeu, todas as grandes selecções ambicionam a sua conquista, numa série de combates épicos cujo vencedor final sai de sobremaneira glorificado.

Em 2010, após uma fase regular muito dinâmica com 4 etapas disputadas em Moscovo, Marselha, Lignano Sabbiadoro e Haia, a Superfinal foi disputada em Lisboa, entre os dias 26 e 29 de Agosto, sendo o palco escolhido para o evento a arena montada no Terreiro das Missas, mesmo em frente ao Palácio de Belém. Seguindo este link, poderão encontrar informação detalhada acerca do evento, incluindo as equipas participantes e o formato da competição.

Portugal em Grande no Grupo A da Superfinal

Ora, na grande Superfinal da Liga Europeia, a selecção nacional de futebol de praia, jogando diante dos seus adeptos, não tinha outro pensamento em mente que não a vitória no torneio e a conquista do título de campeão europeu! Foi com esta disposição que os jogadores portugueses entraram em campo, demonstrando uma energia e uma vontade sem precedentes. Portugal apresentou uma mistura inteligente de concentração, paciência e criatividade, praticando um futebol de praia elegante e eficaz, dedicando também particular atenção ao aspecto defensivo.

Foi graças a esta postura de campeões (porque foi essa a postura ostentada pelos nossos atletas) que Portugal passou no primeiro teste com distinção, superando com classe os seus dois primeiros adversários, passo a citar, a imprevisibilidade dos surpreendentes romenos e a frieza física tipicamente russa. Para ser mais específico, direi que a selecção portuguesa goleou a Roménia por 6 bolas a 1 e venceu a Rússia com 4 golos contra 2 da equipa de leste.

A solidez defensiva foi um dos pilares da selecção nacional ao longo do torneio.

A solidez defensiva foi um pilar fundamental da selecção nacional ao longo do torneio, com apenas 5 golos sofridos em 3 jogos. Na imagem, Bruno Novo atrasa a bola para o guarda-redes João Carlos, na ponta final do Portugal vs Roménia, que Portugal venceu por 6-1.

Assim, com dois triunfos em outros tantos jogos, Portugal alcançou o 1º lugar no grupo A da Superfinal, com 6 pontos, enquanto a Rússia, que derrotara a Roménia por 6 bolas a 4, se classificou na 2ª posição com 3 pontos, deixando os romenos no derradeiro posto do grupo sem terem pontuado. A vitória no grupo dava acesso directo à final, pelo que Portugal marcaria presença no tão esperado jogo do título, a ter lugar no Domingo, 29 de Agosto. Na grande final, Portugal defrontaria a Itália, vencedora do grupo B. Os resultados de todos os jogos da fase de grupos, as classificações finais dos grupos e os resumos dos três primeiros dias de competição estão disponíveis aqui.

A Final!

Uma vez eliminada a perigosa selecção russa, actual grande rival de Portugal na luta pela hegemonia europeia, Portugal tinha todas as condições para recuperar o título continental, precisando para isso de vencer apenas mais um jogo. Mas o adversário não ia ser nada fácil, pois a Itália surgia em Lisboa muito renovada, com um novo treinador que revolucionara positivamente a equipa, lançando os Azurri num colossal rumo vitorioso que só poderia ser quebrado por uma grande equipa. Portugal precisaria assim do seu melhor futebol de praia para levar de vencida uma selecção disposta a tudo para conseguir o título europeu!

Componente circunstancial 1: Belchior suspenso, Madjer lesionado

Todavia, Portugal encontrou várias adversidades neste jogo decisivo da Liga Europeia 2010. A ausência forçada de Belchior, suspenso por acumulação de cartões amarelos nos jogos anteriores, era naturalmente um contratempo ao qual o seleccionador nacional José Miguel Mateus teria de saber reagir. Além disso, Madjer, que havia sido o herói do dia anterior frente à Rússia, ainda não estava a 100%, fruto de uma lesão lombar que ainda não tinha ultrapassado completamente.

A situação agravou-se no decorrer do jogo, quando o número 7 de Portugal, ainda no 1º período, numa queda infeliz decorrente de uma das suas espectaculares acrobacias, se ressentiu da sua fustigantes lesão e teve de abandonar o campo, envolto num mar de dores que não podiam ser bom presságio. Ainda assim, graças ao bom trabalho do enfermeiro Farinha e à força de vontade inesgotável de João Vítor Saraiva, o Madjer ainda voltou a entrar em campo, mas fez menos minutos do que costuma e o seu rendimento foi mais baixo do que o habitual, apesar de ter ficado muito perto do golo por várias ocasiões.

Esta coragem do capitão português, disposto aos mais penosos sacrifícios na luta pela vitória, faz de João Vítor Saraiva um grande jogador!

Madjer numa das suas fabulosas acrobacias, ainda no 1º período de jogo, que acabariam por agravar a sua lesão. Esta coragem do capitão português, disposto aos mais penosos sacrifícios na luta pela vitória do seu país, faz de João Vítor Saraiva um grande jogador! Magnífico!

Componente circunstancial 2: Azar com os ferros, Rasulo e Del Mestre.

Além dos problemas associados à ausência de Belchior e aos problemas físicos de Madjer, Portugal não foi bafejado pela sorte neste derradeiro jogo da temporada europeia. Por duas vezes os jogadores portugueses acertaram nos ferros da baliza transalpina: a primeira num livre directo de Jordan, cujo tiro de raiva embateu violentamente no poste, a segunda no remate desafortunado de Alan, com a bola a ressaltar na areia e a subir demasiado, tocando na barra e passando por cima da baliza italiana.

Foram de facto muitos os remates lusitanos que não conheceram as redes Azurras por puro milagre, também porque os guarda-redes adversários protagonizaram uma série de defesas impossíveis, como uma defesa de Rasulo com as pernas a um remate poderoso de Madjer e uma defesa também com os membros inferiores de Del Mestre, que no início do 3º período parou incrivelmente um fantástico pontapé de bicicleta de Jordan. Enfim, foram estas apenas algumas das situações em que o azar bateu à porta de Portugal, mas acreditem, estimados leitores, que não foram as únicas.

Superação Total: Fulgor Lusitano!

Como facilmente terão percebido, não foi nada fácil a tarefa portuguesa nesta final da Liga Europeia. A excelente qualidade evidenciada pelos adversários, os contratempos referentes a problemas com os nossos jogadores e a falta de sorte que acompanhou Portugal até ao apito final do árbitro constituíram um forte entrave ao triunfo da equipa das quinas, que teve de dar o seu melhor para alcançar a almejada vitória.

Não obstante todas adversidades anteriormente numeradas, os jogadores da selecção nacional portaram-se como verdadeiros heróis, lutando com todas as suas forças, alimentados pelo desejo de colocar o nome do seu país no lugar mais alto do pódio. Aplicando na perfeição os processos de jogo implementados pelo seu treinador, cumprindo todas as indicações do mestre tanto a atacar como a defender, Portugal protagonizou uma excelente exibição, alicerçada numa base defensiva muito sólida e na técnica fantástica dos seus jogadores, capazes de desequilibrar o encontro a qualquer momento.

O jogo: Até ao golo de Gori

A Itália manteve-se sempre na discussão do resultado, com grande espírito guerreiro, e apesar da superioridade lusitana, nunca desanimou, o que proporcionou uma grande final.

A Itália manteve-se sempre na discussão do resultado, com grande espírito guerreiro e nunca desistiu, o que proporcionou uma grande final. Na imagem, os jogadores italianos entoam a letra do hino nacional do seu país antes do encontro com Portugal.

Que grande jogo de futebol de praia e que grande conquista da selecção nacional! Praticamente entrou no jogo a perder (1-0) num bom lance de Corosiniti, mas conseguiu empatar (1-1) apenas alguns minutos volvidos, num portentoso remate longínquo de Alan, que veio na sequência de uma fantástica reacção por parte da equipa das quinas! E foi com muita garra, muita dedicação, que procurou o golo até ao fim do 1º período, ainda que sem sucesso. Mas o 2º período também começou com Portugal no ataque e, após uma sucessão de oportunidades por concretizar, Bruno Novo apontou o seu primeiro golo da tarde, num remate acrobático de belo efeito, após passe de Paulo Graça. Um grande golo que deu a vantagem (2-1) mais que merecida àquela que estava a provar ser a melhor equipa.

O 2º período continuou a ser totalmente controlado por Portugal, que tentou ampliar a vantagem, ainda que sem êxito. Ora, na derradeira etapa do encontro, a selecção nacional entrou a todo o gás, em busca do golo da tranquilidade, remetendo os jogadores italianos para o seu meio-campo e reafirmando a determinação lusitana em vencer a partida. Contudo, o terceiro tento português não se verificou e foi mesmo a Itália quem, numa das muito raras  situações de perigo para a baliza de Paulo Graça, chegou ao golo: o estreante Gori empatou a partida (2-2) num espectacular pontapé de bicicleta, que consternou o Terreiro das Missas, numa onda de apreensão que gelou os adeptos…

O jogo: Os melhores vencem no final numa explosão de emoções.

Faltavam nessa altura cerca de 5 minutos para o fim do encontro. A final empatada, entre dois titãs do futebol de praia europeu. Um estádio inteiro sustendo a respiração, aguardando um desfecho emocionante para um jogo que seria, com toda a certeza, épico. Estaria a Itália em vantagem psicológica, atendendo ao contexto em que o tento de Gori surgiu? Talvez, mas Portugal continuou a fazer o seu jogo, com serenidade e confiança, sem nunca se desorientar e mantendo sempre o rumo correcto. A consistência táctica de Portugal não foi nada afectada, o que permitiu conter de forma impecável o ímpeto italiano, que não causou estragos na defensiva lusitana. Vigiada a situação a nível defensivo, era urgente repor a vantagem no marcador, algo que requereria um acto de bravura, um momento de inspiração apenas possível para um grande jogador! E, desta vez, esse grande jogador não foi Madjer, nem Alan, nem Belchior, mas sim o grande Bruno Novo!

Uma corrida desconcertante do número 18 de Portugal por entre os defesas italianos colocou o nosso jogador em excelente posição para receber o lançamento de Paulo Graça, que funcionou como um passe soberbo para o remate violentíssimo do Bruno Novo, na direcção das baliza transalpina. Apesar da pontaria e da potência do pontapé, o implacável Del Mestre ainda conseguiu conter esta tentativa do herói da Nazaré, mas nada pode fazer contra a recarga vitoriosa do atleta lusitano: recepção sublime com o joelho direito e tiro certeiro com o pé esquerdo, com a bola a passar rente ao poste sem grandes hipóteses para o pobre guarda-redes Azurri.

Era a loucura no estádio de Belém! O público de pé, a gritar e a aplaudir a nossa selecção! Ambiente ao rubro nas bancadas, com os espectadores em êxtase graças à vantagem de Portugal! Os atletas a festejar, de forma efusiva, o brilhantismo do Bruno Novo, em particular o próprio, que esboçou uma série de gestos triunfais enquanto berrava, celebrando o 3-2, apenas antes de ser abalroado pelo Bilro, também ele em delírio!

E foi com num clima de grande tensão que assistimos (pois eu estava lá) aos 3 últimos minutos do jogo, em que o espírito de entreajuda e a solidez defensiva demonstrados pela nossa selecção conseguiram assegurar a inviolabilidade das redes lusitanas! Paulo Graça impecável, defendendo um livre perigoso de Carotenuto, a menos de 1 minuto do fim, foi juntamente com Bilro, Marinho e Coimbra o herói dessa fase do jogo, na qual o resultado não sofreria alterações. O apito final acabou por soar, 36 minutos decorridos desde o início deste jogo memorável, que consagrou Portugal campeão europeu de futebol de praia 2010!

Este vídeo diz respeito aos derradeiros instantes do jogo, a partir da defesa de Paulo Graça ao livre de Carotenuto, incluindo o princípio da festa. Agradeço ao adepto (desconhecido) que filmou o vídeo, proporcionando um enriquecimento deste post no meu blogue!

A Festa depois do jogo: Absolutamente descomunal!

É verdade que chorei. Sim, chorei, e não me envergonho disso, antes pelo contrário: acho que expressei verdadeiramente os meus mais profundos sentimentos naquele momento e fico feliz por pensar que vivi esta experiência extraordinária em toda a sua dimensão. Não numa perspectiva de fanatismo (o que pode ser facilmente refutado se tivermos em conta os autógrafos que pedi a jogadores de outras selecções no decorrer do evento), mas de uma forma saudável que me permitiu desfrutar ao máximo deste triunfo histórico e desta alegria imensa que foi assistir ao vivo pela primeira vez a uma grande conquista da selecção nacional.

Mas, embora os meus rituais sejam raros entre os restantes membros da plateia, ninguém foi indiferente ao grande feito que o futebol de praia português acabava de alcançar, algo que foi bem visível na forma como o público participou na festa e aplaudiu com entusiasmo os grandes heróis das areias lusitanas! Sim, todo o estádio vibrou em uníssono com a magia da selecção nacional, cuja bravura e dedicação às cores nacionais lhe proporcionou um brilhante título europeu! E foi decerto um dia especial na carreira dos atletas, assim acarinhados pelo apoio do público da capital!

Os heróis lusitanos celebraram efusivamente a conquista da Liga Europeia de Futebol de Praia 2010! Novamente Campeões Europeus! Parabéns a todo este grupo fantástico! São os maiores!

Os heróis lusitanos celebraram efusivamente a conquista da Liga Europeia de Futebol de Praia! Novamente Campeões Europeus! Parabéns a todo este grupo fantástico! São os maiores!

O momento em que o troféu foi entregue à selecção nacional foi inesquecível e marcou mais um passo na História do futebol de praia nacional e europeu. Somos novamente Campeões da Europa! Parabéns a todos, amigos!

Madjer, Melhor Jogador do Torneio (outra vez)

A distinção do Madjer como melhor jogador do torneio foi um prémio justo pela forma corajosa como o lendário craque português entrou em campo, numa luta dupla contra os seus adversários e uma lesão fustigante que o atormentou durante toda a competição. O Madjer fez tudo o que podia, pondo em risco a sua própria integridade física para servir o país ao qual tanto tem dado, acabando por se revelar determinante para a conquista do troféu, dada a imprescindibilidade do seu hat trick frente à Rússia para que Portugal marcasse presença na final.

A imagem aguerrida do capitão luso, que mesmo a precisar de uma cama ficou diversas vezes perto do golo diante da Itália, faz dele uma figura incontornável da modalidade na Europa e o jogador que, sem dúvida alguma (e sem querer tirar mérito ao Stankovic) mais merecia esta distinção (foi considerado melhor jogador da Liga Europeia pela 5ª vez). Enquanto o Madjer recebia o distintivo das mãos do doutor João Morais, com a mão atrás das costas de maneira a aliviar as dores, o público delirava com a atribuição do prémio individual mais honroso ao grande craque português.

Grandes jogadores! Mas que trio!

Madjer, eleito melhor jogador da Liga Europeia de Futebol de praia 2010, juntamente com os vencedores dos outros prémios: Andrey Bukhlitskiy, melhor guarda-redes, e Dejan Stankovic, melhor marcador do evento com 8 golos. Mas que trio! Parabéns aos três, sobretudo ao Madjer!

Gostaria também de dizer, rapidamente, num parênteses rápido, que havia outros jogadores na selecção nacional com credenciais para conquistar o prémio de melhor jogador, nomeadamente o Alan, elemento fundamental na conquista do troféu, determinante na construção do jogo de Portugal e detentor de uma técnica extraordinária, e o Bruno Novo, que afinal acabou por ser o herói da final, bem como o melhor marcador da selecção portuguesa, com 4 golos apontados, contrariando a ideia daqueles pobres ignorantes “treinadores de bancada” para os quais a selecção é só Madjer, Alan e Belchior.

De resto, na minha opinião, gostaria de manifestar a minha convicção de que o Paulo Graça, guarda-redes da selecção nacional, merecia mais do que qualquer outro jogador ter sido eleito melhor guarda-redes da competição, atendendo ao baixíssimo número de golos sofridos (5), às suas defesas espectaculares (e extremamente influentes) e à sua preponderância na organização do jogo ofensivo da nossa selecção. A imprensa preferiu atribuir o prémio ao Andrey Bukhlitskiy, da Rússia, que apesar de não ter sido, na minha opinião, o melhor do torneio, é também um grande guarda-redes, ficando o prémio bem entregue. Para finalizar a listagem dos prémios, resta-me dizer que o já referido Dejan Stankovic se sagrou melhor marcador do torneio, graças aos seus 8 tentos na Superfinal ao serviço da Suíça.

Agradecimentos

Dois grandes guarda-redes de futebol de praia: Paulo Graça e João Carlos Delgado.

João Carlos entra para o lugar de Paulo Graça nos minutos finais da partida frente aos russos. Dois grandes guarda-redes, nos quais temos muito orgulho pela forma destemida como defendem as redes nacionais!

Antes de prosseguir com os agradecimentos a quem contribuiu para este grandioso espectáculo desportivo, social e emocional, gostaria de aconselhar a leitura deste artigo, escrito pelo guarda-redes da selecção nacional João Carlos Delgado, no qual faz um excelente resumo do jogo e da alegria imensa que este grupo maravilhoso viveu ao sabor desta conquista brilhante, expressando também a sua gratidão para com todos os membros da família do futebol de praia nacional. Mais um grande exemplo do espírito de união e amizade que reina na melhor selecção da Europa!

Não posso terminar este post sem agradecer a todos os familiares e amigos que me acompanharam ao longo dos 4 dias de competição, tornando estes momentos ainda mais coloridos e felizes para mim, sobretudo o dia da grande final. Um muito obrigado a todos, porque foram espectaculares no apoio a Portugal neste dia memorável! Adorei a vossa companhia e espero que tenham desfrutado da experiência, tanto do futebol de praia como do espectacular ambiente que vivemos nas bancadas!

E claro, quero deixar aqui as minhas sinceras palavras de agradecimento e admiração por quem, graças ao seu trabalho e esforço pessoal, conseguiu recuperar este título europeu, que nos fugia caprichosamente desde 2008. Um muito obrigado a toda a família da selecção nacional por terem tornado possível esta espectáculo tão belo, que nunca esquecerei, e por me terem sempre recebido com boa disposição e amabilidade ao longo desta temporada de 2010. Foram todos espectaculares e estão de parabéns! Orgulho em ser Português!

Liga Europeia de Futebol de Praia 2010: SUPERFINAL de 26 a 29 de Agosto em Belém (Lisboa)

NOTA: Podem consultar este post para informações actualizadas sobre a competição, com resultados dos jogos e a antevisão do último dia, que inclui a grande final entre Portugal e Itália. Por sua vez, este post refere-se precisamente a esse jogo da final entre Portugal e Itália, que Portugal venceu, sagrando-se campeão europeu de futebol de praia!

Saudações a todos os seguidores deste blogue e amantes da modalidade do futebol de praia. Este post tem como objectivo divulgar o grande evento desportivo que vai decorrer entre os dias 26 e 29 de Agosto na capital portuguesa, facultando a todos os potenciais interessados as informações essenciais.

Como todos terão percebido através da leitura do título e do parágrafo introdutório, vai realizar-se em Lisboa, na zona de Belém, a fase final da Liga Europeia de Futebol de Praia 2010, que conta com a participação da selecção portuguesa. Assim, a derradeira e decisiva etapa da maior competição europeia de futebol de praia começa amanhã, 5ª feira, terminando no Domingo, 29 de Agosto, numa profusão de emoções.

O Terreiro das Missas, outrora palco da despedida dos valentes navegadores portugueses, autores de numerosos feitos no oriente, agora local de glória lusitana nos tempos modernos, onde Portugal lutará pelo título de campeão europeu das areias!

O Terreiro das Missas. Foi outrora o palco do derradeiro contacto dos valentes navegadores portugueses com a Pátria amada, o último vislumbramento de terras nacionais, antes dos numerosos feitos praticados no oriente. Será agora um novo local de glória lusitana, onde os heróis dos tempos modernos lutarão com toda sua força, com toda a sua vontade, com todo o seu amor, pelo triunfo da bandeira portuguesa sobre as restantes hostes das areias!

O torneio goza de uma localização privilegiada, uma vez que os jogos têm lugar no Terreiro das Missas, em frente ao Palácio de Belém, mas do outro lado da linha ferroviária. Foi este o local escolhido para montar o Estádio Meo, mesmo junto ao rio Tejo, num enquadramento natural deslumbrante, a escassos metros da estação de comboios de Belém, o que facilita em grande medida o acesso da população ao evento.

Ah! E a entrada no recinto é completamente gratuita, por isso, não há razão para faltar ao espectáculo do futebol de praia europeu, aqui tão perto de nós, nesta oportunidade única de assistir à magia dos craques das areias! Vamos apoiar a selecção nacional! Juntos conseguimos!

Cartaz promotor da Superfinal e da Promotion Final da Liga Europeia de Futebol de Praia 2010. 6 equipas em busca do título europeu... 6 equipas na luta pela subida de divisão... tudo isto em Belém, em Lisboa, com entrada gratuita no Estádio Meo! O espectáculo está garantido!

Promotion Final e Superfinal: Depois da Fase Regular

Na verdade, são dois os torneios da Liga Europeia de Futebol de Praia que a cidade das sete colinas vai acolher esta semana: a Promotion Final e a Superfinal. Este último será disputado pelas 6 melhores equipas da divisão A da Liga Europeia a fim de determinar o campeão europeu da temporada. Já a Promotion Final será uma luta entre as 5 equipas mais fortes da divisão B e a pior equipa da divisão A, tendo em vista o acesso à divisão A da Liga Europeia em 2011, reservado para o vencedor do torneio.

A selecção das equipas para ambos os torneios teve como base os resultados de todas as etapas de uma fase regular, disputadas um pouco por toda a Europa, entre os meses de Maio e Julho. Assim, foram previamente realizados quatro eventos, em vários países do velho continente, que englobavam um torneio da divisão A e outro da divisão  B:

– 1ª etapa: Moscovo (Rússia) – 28 a 30 de Maio

– 2ª etapa: Marselha (França) – 27 a 29 de Junho

– 3ª etapa: Lignano Sabbiadoro (Itália) – 2 a 4 de Julho

– 4ª etapa: Haia (Holanda) – 22 a 25 de Julho

Neste pequeno vídeo podem ver aqueles que foram considerados os 5 melhores golos da 3ª etapa da Liga Europeia. São grandes momentos de futebol de praia, protagonizados por Leu (Suíça), François (França), Basquaise (França), Zeynalov (Azerbeijão) e Ziegler (Suíça). Todos estes jogadores estarão presentes na Superfinal (Suíça) ou na Promotion Final (França e Azerbeijão), defendendo a camisola da sua selecção!

Divisão A: Qualificações para a Superfinal

A divisão A era constituída por 8 selecções, sendo que em cada etapa participavam 4 equipas, que jogavam todas umas contra as outras, num formate de liga que lhes permitia conquistar pontos. Desta forma, todas as equipas participavam 2 torneios da fase regular, realizando um total de 6 jogos, o que permitia o estabelecimento de um ranking, cujos 6 primeiros lugares dariam acesso à Superfinal. Rússia, Suíça, Espanha, Portugal, Itália e Roménia ficaram, desta forma, apurados para a Superfinal.

A equipa classificada em 7º lugar não se qualificaria para a fase final da competição, mas teria o lugar assegurado na divisão A da Liga Europeia 2011, sendo esta a situação da selecção polaca. Pelo contrário, a selecção que ocupasse a 8ª posição seria obrigada a participar na Promotion Final, precisando de vencer o torneio a fim de manter o seu lugar na divisão A do próximo ano, o que corresponde ao panorama observado pela França neste momento.

Divisão B: Qualificações para a Promotion Final

A divisão B era composta por 11 equipas que lutariam por 5 vagas na Promotion Final de Agosto. Dado o elevado número de selecções, cada equipa realizou um único torneio, no qual a vitória garantia um lugar na almejada competição. Assim, em cada etapa da Liga Europeia, 3 equipas da divisão B degladiaram-se em busca do seu objectivo, num pequeno torneio triangular disputado em apenas 3 jogos. Israel, vencedor da etapa russa, Hungria, campeã em Marselha, e Azerbeijão, vitorioso em Lignano, foram assim seleccionados para participar na Promotion Final.

Jogo em que Israel bateu a Alemanha por 6-3.

Imagem da 1ª etapa da Liga Europeia. Aqui, o israelita Ilos luta pela posse de bola com o alemão Stolli. Neste jogo, Israel bateu a Alemanha por claros 6-3 com hat trick de Ilos.

A excepção foi a etapa de Haia, que não contou com partidas da divisão B, uma vez que as duas selecções restantes, Turquia e Noruega, haviam disputado um play-off a duas mãos na semana anterior, em Bibione, na Itália (por ocasião da qualificação europeia para o Mundial 2011), com vitória para a equipa turca.

Encontrados os vencedores das 4 etapas de apuramento, faltava apenas preencher uma vaga em aberto na Promotion Final, que deveria ser entregue ao melhor segundo classificado dos triangulares realizados em Moscovo, Marselha e Lignano. Assim sendo, a República Checa, 2º lugar na etapa italiana, teria um lugar garantido no torneio de final de Agosto. Porém, nem os checos nem os alemães podiam estar presentes na Promotion Final, por impossibilidades logísticas, o que fez da selecção inglesa, pior segundo classificado dos 3 triangulares, a herdeira legítima do espaço vazio existente.

Por fim, e como já foi referido, a outra selecção presente na Promotion Final será a França, como último classificado da divisão A no ranking da fase regular.

Formato da Superfinal

Como já referi, a Superfinal vai ser disputada por 6 equipas, que são, segundo os resultados da fase regular, as mais fortes da Europa. Apresento em seguida a lista de selecções que terão lugar na Superfinal, fazendo referência ao seu posicionamento no ranking da fase regular, bem como ao número de pontos que obtiveram durante essas etapas:

1 – Rússia (15 pontos)

2 – Suíça (15 pontos)

3 – Espanha (10 pontos)

4 – Portugal (9 pontos)

5 – Itália (8 pontos)

6 – Roménia (6 pontos)

A alegria de Maci por oposição à incredulidade de Juanma.

Imagem referente à 4ª etapa da Liga Europeia. Num jogo de grandes emoções, a Roménia esteve a perder por 6-2 frente aos espanhóis, mas acabou por ganhar por 7-6 com um golo no derradeiro segundo do encontro, conseguindo o apuramento para a Superfinal. Aqui, o romeno Maci, um dos heróis do jogo com 3 golos, celebra a vitória épica.

Mas como organizar uma competição com 6 equipas em 4 dias? Muito simples! Basta dividir as 6 selecções em 2 grupos de 3 equipas, de acordo com a classificação da fase regular. Assim, o grupo A será composto pelo vencedor da fase regular e pelas equipas posicionadas nos 4º e 6º lugares, enquanto os 5º e 3º classificados da fase regular acompanharão a selecção que ocupa o 2º lugar. De uma maneira mais fácil:

Grupo A

– Rússia

– Portugal

– Roménia

Grupo B

– Suíça

– Espanha

– Itália

Isto significa que, entre 5ª feira e Sábado, as equipas do mesmo grupo jogarão umas contra as outras, de modo a obter uma classificação final do grupo, que vai definir os confrontos de Domingo, último dia de competição: os vencedores dos grupos defrontam-se na final, enquanto as equipas classificadas em 2º lugar se defrontam na luta pelo 3º lugar do pódio, ficando a discussão da 5ª e da 6ª posição reservada para as selecções que ocuparem o 3º lugar do seu grupo.

Formato da Promotion Final

Como também já mencionei neste post, a Promotion Final também será disputada por 6 equipas, que adquiriram o direito a participar neste evento de maneiras diversas: 3 foram campeãs dos triangulares que se realizaram nas 3 primeiras etapas da fase regular, 1 venceu um play-off de acesso à competição, 1 ficou posicionada em 2º lugar num dos triangulares e 1 foi a 8ª classificada do ranking da divisão A na fase regular. Assim, as 6 selecções que se encontram em Lisboa para disputar um lugar na divisão A em 2011 são:

1 – França (8º lugar na classificação da divisão A após a fase regular)

2 – Israel (vitória no torneio de Moscovo)

3 – Azerbeijão (vitória no torneio de Lignano Sabbiadoro)

4 – Hungria (vitória no torneio de Marselha)

5 – Turquia (vitória no play-off de acesso frente à Noruega em Bibione)

6 – Inglaterra (2º lugar no torneio de Marselha) – em substituição da República Checa e da Alemanha

Hungria e Inglaterra estarão presentes na Promotion Final e jogarão novamente entre si.

Hungria e Inglaterra já se defrontaram na 2ª etapa da Liga Europeia em Marselha, com uma vitória húngara por 5-2. Na imagem, Ughy, da Hungria, remata para golo, fugindo à marcação de O' Rourke. As duas equipas voltarão a encontrar-se no grupo A da Promotion Final.

O formato da Promotion Final é, portanto, idêntico ao da Superfinal. Existem 2 grupos de 3 selecções, de acordo com o seu registo na fase regular da liga europeia (grupo A com 1º/4º/6º e grupo B com 2º/3º/5º), sendo que as equipas do mesmo grupo jogam umas contra as outras entre 26 e 28 de Agosto. No Domingo, os vencedores dos grupos jogam o assalto à divisão A na final, as equipas classificadas em 2º lugar no seu grupo disputam a presença no pódio e as selecções que ocuparem o 3º lugar do seu grupo lutarão pela 5ª posição. Os grupos são os seguintes:

Grupo A

– França

– Hungria

– Inglaterra

Grupo B

– Israel

– Azerbeijão

– Turquia

Calendário de jogos

Como disse nos tópicos anteriores, os dias 26, 27 e 28 de Agosto estão destinados à realização dos jogos da fase de grupos, ficando o Domingo, 29 de Agosto, reservado para as decisões finais desta Liga Europeia de Futebol de Praia 2010. Assim sendo, o calendário do evento será o seguinte:

5ª feira, 26 de Agosto

13:15 – Promotion Final – Grupo B – Israel vs Turquia

14:30 – Promotion Final – Grupo A – França vs Inglaterra

15:45 – Superfinal – Grupo A – Rússia vs Roménia

17:15 – Superfinal – Grupo B – Suíça vs Itália

6ª feira, 27 de Agosto

13:15 – Promotion Final – Grupo B – Azerbeijão vs Turquia

14:30 – Promotion Final – Grupo A – Hungria vs Inglaterra

15:45 – Superfinal – Grupo B – Espanha vs Itália

17:15 – Superfinal – Grupo A – Portugal vs Roménia (RTP N)

Sábado, 28 de Agosto

13:15 – Promotion Final – Grupo B – Israel vs Azerbeijão

14:30 – Promotion Final – Grupo A – França vs Hungria

15:45 – Superfinal – Grupo B – Suíça vs Espanha

17:00 – Superfinal – Grupo A – Rússia vs Portugal (RTP N)

Domingo, 29 de Agosto

10:00 – Promotion Final – Jogo para o 5º lugar – A3 vs B3

11:30 – Superfinal – Jogo para o 5º lugar – A3 vs B3

13:00 – Promotion Final – Final – A1 vs B1

14:30 – Promotion Final – Jogo para o 3º lugar – A2 vs B2

15:45 – Superfinal – Jogo para o 3º lugar – A2 vs B2

17:00 – Superfinal – Final – A1 vs B1

Selecção Nacional Portuguesa

Portugal vai jogar na Superfinal da Liga Europeia de Futebol de Praia 2010 como o país anfitrião e um candidato à conquista do título. A selecção nacional foi campeã europeia em 2007 e 2008, mas o ano passado deixou escapar a vitória na Liga Europeia para a Rússia, que se sagrou assim campeã da Europa em 2009. Este ano, Portugal quer recuperar o título europeu e mostrar que continua a ser a melhor selecção do velho continente, apesar das deficiências estruturais da modalidade no nosso país e do crescimento acelerado das outras potências do futebol de praia.

As acrobacias de Madjer são um trunfo à disposição da selecção nacional.

Jogadores com a qualidade de Madjer são trunfos valiosos dos quais Portugal dispõe rumo à conquista do título europeu. Grandes acrobacias do capitão português! Aqui, um belo momento do Portugal vs Polónia a contar para a o torneio de qualificação para o Mundial 2011.

Para alcançar o seu objectivo, Portugal conta com 10 jogadores brilhantes, da total confiança do se treinador, José Miguel Mateus:

Guarda-redes

– Paulo Graça (12)

– João Carlos (22)

Jogadores de campo

– Coimbra (2)

– Jordan (4)

– Alan (6)

– Madjer (7)

– Marinho (9)

– Belchior (10)

– Bilro (11)

– Bruno Novo (18)

Esta tem vindo a tornar-se, desde o torneio de qualificação para o Mundial 2011 em Bibione, a equipa de base da selecção nacional, caracterizada por uma mistura sólida de experiência e juventude, que têm proporcionado boas exibições e resultados muito positivos nas últimas competições, apesar da carência de títulos.

De facto, nesta temporada de 2010, Portugal tem sido perseguido pelo 2º lugar, sendo esta a posição que ocupou nas 3 grandes competições disputadas até agora: a Taça da Europa, o apuramento para o Mundial 2011 e o Mundialito. No entanto, a atitude dos nossos jogadores tem sido de verdadeiros campeões e acredito que estas infelicidades não se voltem a repetir.

Portugal enfrentou alguns problemas no decorrer deste ano, nomeadamente a saída de 3 jogadores fundamentais na organização da equipa (Sousa, Torres e Zé Maria), que obrigou a uma reestruturação da selecção nacional e a motivou, de certa forma, um atraso no crescimento da equipa no decorrer do ano. Felizmente, graças ao trabalho exemplar dos atletas e da equipa técnica, foi possível manter uma qualidade elevada durante toda a época e a selecção acabou por atingir o seu verdadeiro valor. Na minha opinião, isto aconteceu em meados de Julho, na segunda fase do torneio de qualificação para o Mundial 2011, verificando ainda um aperfeiçoamento no Mundialito 2010, em que Portugal se apresentou a um nível soberbo.

Grito de guerra da selecção nacional antes do confronto com a Polónia. Força, PORTUGAL!

Os 10 jogadores convocados para a Superfinal estiveram em Bibione a jogar a qualificação para o Mundial 2011. Na imagem, podemos contemplar os atletas lusitanos no momento do grito de guerra da selecção antes do confronto decisivo com a Polónia. Força, PORTUGAL!

Mas se a selecção nacional esteve assim tão bem nesses torneios, porque é que não ganho nenhum deles? Porque, meus caros amigos, houve sempre qualquer circunstância imprevisível que se interpôs no caminho de Portugal e impossibilitou a concretização do sonho lusitano:

– No apuramento para o Mundial, a suspensão simultânea de Alan e Belchior na final contra a Ucrânia foi demais para uma equipa onde estes jogadores são muito influentes, contra um adversário temível como a selecção ucraniana.

– Já no Mundialito, frente ao campeão do Mundo, Brasil, Portugal teve azar na finalização, que se juntou à ausência de Belchior, mas sobretudo à péssima arbitragem por parte do espanhol Ruben Eiriz, que desequilibrou completamente o jogo a favor da Canarinha e estragou o magnífico espectáculo do duelo lusófono a que a Praia da Rocha estava a assistir.

Portugal e a Superfinal da Liga Europeia de Futebol de Praia 2010

Na Liga Europeia, porém, será diferente. Poderemos contar com todos os nossos jogadores, nos três jogos da competição, sem interferências da arbitragem, espero, e em que a selecção nacional terá tudo para mostrar a sua superioridade, vencendo os seus adversários rumo ao título europeu! Não vai ser nada fácil, pois estarão presentes as 6 melhores equipas do continente europeu na actualidade e todas elas ambicionam a conquista do troféu. Contudo, estou confiante no real valor de Portugal e conheço suficientemente bem estes jogadores para saber que eles vão dar tudo por tudo em busca do triunfo.

Selecção Nacional de Futebol de Praia na EBSL 2008 Superfinal

Portugal venceu a Liga Europeia de Futebol de Praia pela última vez em 2008, em Vila Real de Santo António, na altura com Hernâni como capitão. Agora, em plena capital, com o apoio do público lisboeta e Madjer a liderar uma equipa "de arromba", repetiremos o feito e seremos novamente campeões europeus! Coragem, pessoal! Vamos conseguir!

Pensando jogo a jogo, neutralizando as principais armas dos adversários e impondo o nosso futebol de praia, temos todas as chances de vencer a Superfinal. Começando por derrotar a Roménia (aqui é preciso ter cuidado com o número 14, Maci) na estreia, Portugal poderá dirigir a sua atenção para a selecção russa, campeã em título e sua grande adversária na luta pela hegemonia europeia do futebol de praia em 2010, fazendo uso de todas as suas armas para ganhar também esse jogo e alcançar a grande final. E então o pensamento luso terá de ser só um: vencer, ganhar, triunfar, independentemente do adversário e das circunstâncias. Mas antes temos de nos concentrar em vencer o nosso grupo, tarefa essa que, apesar de difícil, nós vamos conseguir!

Força Portugal! Estamos todos convosco, amigos! Desta vez seremos campeões europeus!

Mundial de Futebol de Praia 2011: Qualificação Europeia em Bibione (ITA)

Saudações a todos os adeptos de futebol de praia. Tenho o maior prazer em anunciar que amanhã, Domingo, 11 de Julho de 2010, tem início o torneio de qualificação do continente europeu para o Campeonato do Mundo de Futebol de Praia FIFA 2011. O evento decorre durante o Verão de 2010, com mais de 50 jogos disputados entre os dias 11 e 18 de Julho, a ter lugar na cidade italiana de Bibione, situada na comuna de Veneza.

Selecção Italiana: anfitriões do Mundial participam no torneio de qualificação

O Campeonato do Mundo de Futebol de Praia FIFA 2011 será disputado em Roma, capital italiana, pelo que a Squadra Azurra já tem lugar assegurado na competição, como país organizador. No entanto, a Itália foi também escolhida para receber o torneio de apuramento, razão pela qual vai participar na competição, tendo a presença no Mundial 2011 previamente garantida. Esta situação, apesar de caricata, acaba por fazer sentido se pensarmos que o torneio de qualificação conta para o ranking europeu, sendo por isso necessária a participação da selecção italiana no evento.

Pontapé de bicicleta de Palmacci na final do Mundial 2008 em Marselha frente ao Brasil.

Jogando em casa, os italianos vão querer vencer o Mundial Roma 2011. O melhor resultado da selecção italiana em Mundiais foi obtido em 2008 em Marselha: um excelente 2º lugar, perdendo na final frente ao Brasil. Na imagem, Palmacci executa um pontapé de bicicleta perante a oposição do brasileiro Buru nessa grande final.

5 Vagas Europeias para o Mundial 2011: Itália apurada, 4 lugares em jogo

Em cada Mundial de Futebol de Praia são atribuídas 5 vagas às selecções europeias, como reconhecimento pela grande qualidade do futebol de praia praticado no velho continente, onde o futebol de praia tem conhecido um desenvolvimento prodigioso. A competição de 2011 não será excepção, estando uma das vagas preenchida pela selecção italiana, pelos motivos acima mencionados. Assim, restam apenas 4 lugares europeus no Campeonato do Mundo 2011, para serem definidos neste torneio de apuramento.

Formato da Competição: 27 Equipas, 7 grupos, 2 estádios

O torneio de qualificação para o Mundial 2011 é uma competição aberta a todos os países europeus interessados em participar, desde que se inscrevam dentro do prazo estabelecido. Para a edição deste ano, 27 federações manifestaram o seu interesse em disputar o apuramento, batendo assim o número de equipas de 2009 (26 selecções) e o de 2008 (24 participantes). O torneio, realizado pela primeira vez em areias italianas, será portanto o maior evento da História do futebol de praia até à actualidade!

A competição segue a estrutura normal de um grande campeonato, encontrando-se dividida em duas partes: uma fase de grupos, na qual são seleccionadas as equipas mais aptas do continente, e uma segunda parte, disputada em eliminatórias até ao jogo da final.

As 27 equipas foram divididas em 7 grupos, 6 dos quais têm 4 selecções, sendo o grupo restante integrado por 3 participantes. Dentro de cada grupo, as equipas jogam todas umas contra as outras, nos dias 11 (Domingo), 12 (2ª feira) e 13 (3ª feira), conquistando pontos de acordo com os critérios habituais do futebol de praia (3 pontos em caso de vitória, 2 pontos para vitória no prolongamento ou em grandes penalidades, 0 pontos para as derrotas).

Grupos do Torneio de Qualificação da Europa para o Mundial 2011. Sorteio coordenado por Josep Ponset, realizado em Barcelona, na sede da Beach Soccer World Wide.

Grupos do Torneio de Qualificação da Europa para o Mundial 2011. Sorteio coordenado por Josep Ponset, realizado em Barcelona, na sede da Beach Soccer World Wide.

Cada dia da fase de grupos vê 26 equipas em acção (todas excepto a equipa do grupo A que fica de folga), com um total de 13 jogos disputados ao longo de 11 horas, da manhã ao final da tarde. Por esta razão, alguns jogos vão ter de ocorrer em simultâneo, em dois estádios diferentes, montados na Praia de Bibione. As duas melhores equipas de cada grupo têm lugar assegurado na fase seguinte, bem como os dois melhores terceiros classificados dos 6 grupos constituídos por 4 selecções.

No dia 14 de Julho, 4ª feira, as equipas gozam de uma preciosa e merecida folga, enquanto se realiza o sorteio para a segunda fase do torneio. São então definidos os jogos dos oitavos de final, bem como os cruzamentos nos quartos de final e depois nas meias finais. Para determinar os confrontos dos oitavos de final, os vencedores dos 7 grupos e o melhor segundo classificado de todos estes grupos são colocados no pote 1, enquanto as restantes equipas apuradas para a segunda fase integram o pote 2, havendo um encontro das equipas de potes diferentes nos jogos dos oitavos de final.

Visto que neste torneio se qualificam 4 selecções, as equipas que alcançarem as meias finais terão o apuramento garantido, juntando-se aos italianos no lote de representantes europeus no Mundial 2011. Caso a Itália chegue às meias finais, o que é bastante provável, torna-se necessário recorrer a play-offs de apuramento, disputados pelas equipas derrotadas nos quartos de final, para definir a 5ª equipa europeia a estar presente no Campeonato do Mundo.

Paisagem paradisíaca para milhares de turistas oferece agora grandes espectáculos de futebol de praia aos seus visitantes.

As magníficas praias de Bibione são o local escolhido para acolher a maior competição europeia de futebol de praia de sempre. Uma paisagem paradisíaca que promete um grande espectáculo de futebol de praia em areias italianas! E tantos turistas!

11 de Julho: Primeiro dia de jogos

A grande competição em Bibione começa com um dia repleto de acção e certamente grandes momentos de futebol de praia, com 13 jogos fabulosos a fazerem as delícias dos adeptos locais, além de todos os que acompanham o evento através da televisão ou da Internet. Apresento, em seguida, o calendário de jogos para este primeiro dia, indicando as horas das partidas de acordo com o fuso horário de Portugal Continental, o estádio em que vão ter lugar, o grupo ao qual pertencem as equipas e possíveis formas de assistir ao jogo em tempo real:

08:00 – Estádio 1 – Grupo B – Grécia vs. Holanda (live broadcast no site da BSWW)

08:00 – Estádio 2 – Grupo C – Roménia vs. Andorra

09:15 – Estádio 1 – Grupo F – República Checa vs. Azerbeijão (live broadcast no site da BSWW)

09:15 – Estádio 2 – Grupo G – Polónia vs. Moldávia

10:30 – Estádio 1 – Grupo E – Hungria vs. Ucrânia (live broadcast no site da BSWW)

10:30 – Estádio 2 – Grupo G – Noruega vs. Áustria

11:45 – Estádio 1 – Grupo C – Rússia vs. Eslováquia (live broadcast no site da BSWW)

13:00 – Estádio 2 – Grupo F – Cazaquistão vs. França

13:00 – Estádio 1 – Grupo D – Inglaterra vs. Estónia (live broadcast no site da BSWW)

14:15 – Estádio 1 – Grupo E – Suíça vs. Bielo-rússia (live broadcast no site da BSWW)

15:30 – Estádio 1 – Grupo D – Portugal vs. Israel (live broadcast no site da BSWW) – SPORT TV 2 e SPORT TV HD

16:45 – Estádio 1 – Grupo A – Itália vs. Turquia (live broadcast no site da BSWW) – SPORT TV HD

18:00 – Estádio 1 – Grupo B – Espanha vs. Bulgária (live broadcast no site da BSWW) – SPORT TV HD

Um grande evento: não percam

E assim vai começar um grande evento de futebol de praia, seguramente para mais tarde recordar, com muita emoção e magia, num ambiente fantástico para a prática da modalidade. Como se sabe, o futebol de praia apresenta um crescimento explosivo na Europa, tendo surgido cada vez mais selecções nos últimos anos, procurando uma maior projecção no plano internacional. Apesar de algumas equipas serem favoritas, surgem outras numa segunda linha com sérias aspirações para este torneio, ambicionando o apuramento para o Mundial 2011. Teremos indubitavelmente um grande torneio, com muita luta, paixão e uma semana recheada dos melhores momentos do futebol de praia europeu!

Deixo aqui um vídeo relativo ao torneio de qualificação para o Mundial 2009, competição essa que se disputou entre os dias 7 e 14 de Junho do ano passado, em Castellon, na Espanha. O filme contém aqueles que foram considerados os 5 melhores golos do evento, embora eu ache que os membros da BSWW beneficiaram os jogadores espanhóis nesta selecção, ao terem incluído 3 golos da equipa da casa, quando houve inúmeros golos fantásticos durante a semana. Em todo o caso, são 5 grandes momentos que tenho para vos mostrar.

Esperamos que em 2010 em Bibione seja ainda melhor!

Selecção Nacional Portuguesa

Deixo também a lista dos convocados da selecção portuguesa para a competição. O treinador José Miguel Mateus, que tem feito um excelente trabalho no cargo, levou para Itália uma equipa que combina experiência e jovialidade, disciplina e criatividade, concentração e muita garra, composta pelos 12 animosos jogadores:

Guarda-redes

Paulo Graça (12)

João Carlos (22)

Defesas

Coimbra (2)

Marinho (8)

Bilro (11)

Avançados

Jordan (4)

Marco (5)

Alan (6)

Madjer (7)

Belchior (10)

Paulo Neves (13)

Bruno Novo (18)

Possivelmente, um leitor menos bem informado questionará a tão grande disparidade entre o número de avançados e o número de defesas que figuram nos convocados. Por essa razão, estou no dever de vos explicar que as designações defesa e avançado são muito relativas no futebol de praia, pois todos os jogadores desempenham um papel muito importante quer nas acções defensivas quer no processo ofensivo. São apenas classificados como defesas ou avançados de acordo com a posição que ocupam no esquema táctico da equipa (que pode mudar facilmente ao longo da partida e mesmo dentro da mesma jogada, o que confere ao jogo de futebol de praia uma dinâmica extraordinária).

Muitas vezes, considera-se defesa apenas o jogador cuja posição de base se localiza mais perto do guarda-redes, sendo os restantes jogadores classificados como avançados. Assim, as escolhas do nosso seleccionador nacional em nada comprometem o equilíbrio entre os diferente sectores da equipa portuguesa.

Grupo D: Cuidado com Israel. Estónia e Inglaterra são incógnitas.

Em relação aos adversários de Portugal na fase de grupos, devo realçar a qualidade da selecção israelita, que os heróis lusitanos enfrentam logo no jogo de abertura. São uma equipa que apresenta um bom crescimento nos últimos anos, baseando o seu jogo na superioridade física e na singular vontade de vencer dos seus jogadores. Atletas possantes e determinados são, de facto, a imagem de marca desta selecção, cujo maior destaque é o capitão Ilos, número 9, que actua como pivô (jogador mais avançado) e joga tudo o que tem em cada lance, detendo um remate poderoso.

A Estónia, segundo adversário de Portugal no torneio, é já uma velha conhecida da selecção nacional, tendo sido derrotada pelos pupilos de Zé Miguel nas edições de 2008 e 2009 do torneio de qualificação. São provavelmente a equipa mais fraca do grupo, mas são também um pouco imprevisíveis: se por um lado são capazes de golear as equipas mais fracas da competição, mostrando ter alguma técnica e conhecimento do jogo, por outro, parecem bloquear completamente quando jogam contra equipas mais fortes, ficando completamente inibidos e sofrendo derrotas pesadas.

Nakash passa pelo guarda-redes grego e marca um golo, num jogo em que Israel venceu a Grécia por 9-5 (com 5 golos de Ilos).

Israel constitui o adversário mais difícil de Portugal nesta fase de grupos da qualificação para o Mundial. Na imagem, Nakash passa pelo guarda-redes grego e marca um golo, num jogo que Israel venceu por 9-5, com 5 golos de Ilos. Partida da divisão B da Liga Europeia.

Os ingleses, uma presença assídua em eventos europeus de futebol de praia, com um longo historial na modalidade, mas sem nunca se terem imposto verdadeiramente na esfera do beach soccer internacional, são uma equipa que Portugal conhece muito bem, pois quase todos os anos têm lugar confrontos entre estas duas selecções. E se em Novembro de 2009 os bretões foram goleados por 17-4, num torneio amigável no Porto, no passado mês de Março fizeram uma grande exibição contra os ilustres portugueses, embora sem Madjer e Alan, perdendo apenas por 3-0.

São uma equipa com algumas potencialidades, mas muito irregular: umas vezes, produzem jogadas espectaculares no ataque e defendem com muita concentração, conseguindo rivalizar com as grandes potências europeia; outras vezes, desconcentram-se totalmente e concedem facilidades tremendas aos seus adversários, saindo derrotados por qualquer equipa.

Mensagem de Força e Confiança

Assim, o grau de dificuldade dos jogos não pode estar muito bem definido e tenho as minhas dúvidas em relação à classificação final do grupo. Em todo o caso, não se põe em causa a vitória de Portugal nos três jogos, que a selecção nacional certamente conseguirá tornar mais fáceis com o decorrer do tempo, construindo vantagens sólidas que lhe permitam controlar os jogos. Depois, resta esperar pelo sorteio e manter a concentração em níveis bem elevados para vencer com segurança o jogo dos oitavos de final, antes dessa partida decisiva dos quartos de final, onde Portugal encontrará um adversário de qualidade, sendo necessário jogar com tudo o que tem para chegar às meias finais, independentemente da equipa que surgir no caminho.

No ano passado, Portugal venceu a Roménia por 5-2 no jogo decisivo dos 1/4 final e ficou qualificado para o Campeonato do Mundo 2009.

No ano passado, Portugal venceu a Roménia por 5-2 no jogo decisivo dos 1/4 final e qualificou-se para o Mundial Dubai 2009, onde viria a conquistar o 3º lugar. Na imagem, os jogadores portugueses festejam esse apuramento, nas areias de Castellon, em Espanha. Este ano, também vamos conseguir!

Estou confiante. É só isto que posso dizer. O pessoal da nossa selecção está confiante e perfeitamente consciente daquilo que está a fazer. São jogadores fantásticos, apoiados por uma equipa técnica não menos valorosa, que os orientará da melhor maneira rumo ao Mundial 2011!

FORÇA PORTUGAL!

Liga Europeia de Futebol de Praia 2010: Terceira Etapa em Lignano Sabbiadoro – Portugal alcança uma vitória retumbante contra os rivais italianos. Suíça vence França.

Paraíso dos turistas!

Lignano Sabbiadoro, bela cidade italiana, acolhe a 3ª etapa da Liga Europeia de Futebol de Praia 2010.

Saudações a todos os leitores deste blogue e interessados na modalidade do futebol de praia. Hoje, dia 2 de Julho, teve início a terceira etapa da fase regular da Liga Europeia de Futebol de Praia 2010. Este evento tem lugar no Noroeste de Itália, em Lignano Sabbiadoro, terminando no próximo Domingo, 4 de Julho.

Tal como as etapas anteriores, o torneio está dividido em duas competições, a saber, um torneio da divisão B da Liga Europeia, disputado pelas equipas do Azerbeijão, da Holanda e da República Checa, e uma competição para as equipas da divisão A, que conta com a presença de Portugal, Itália, Suíça e França.

Em cada torneio, as equipas jogam todas umas contra as outras, em formato de liga. O vencedor da competição da divisão B consegue o apuramento para a Promotion Final, o mesmo acontecendo com a equipa classificada em 2º lugar, caso tenha um registo melhor do que o das restantes selecções classificadas na 2ª posição dos outros torneios da divisão B (de momento, é a Alemanha quem ostenta esse registo, com 3 pontos e uma goal average de um golo negativo).

Na divisão A, as equipas acumulam pontos, tendo em vista a progressão no ranking da fase regular, que selecciona as 6 melhores equipas para participar na Superfinal, enquanto a selecção classificada em 8º lugar se vê obrigada a disputar a Promotion Final, lutando pela manutenção na divisão A da Liga Europeia do ano seguinte com 5 equipas vindas da divisão B (os vencedores dos quatro torneios da fase regular e o melhor segundo classificado).

Mas isso será só em Agosto, no final do Verão. Por agora concentremo-nos no torneio de qualificação de Lignano Sabbiadoro!

DIVISÃO B

O primeiro jogo do dia foi o confronto do torneio da divisão B entre Azerbeijão e República Checa. Isto quer dizer que a selecção holandesa ficou de fora do primeiro dia de competição em Lignano Sabbiadoro, deixando a responsabilidade de abrir o torneio da divisão B aos rivais azeris e checos.

AZERBEIJÃO 5 – 4 REPÚBLICA CHECA

Gustavo Zloccowick, mais conhecido por Guga, tem treinado várias selecções, espalhando a magia do futebol de praia um pouco por todo o mundo. Louvável!

Azerbeijão e República Checa são duas equipas a ter em conta quando falamos da segunda linha do futebol de praia europeu. Não são grandes selecções, surgiram há relativamente pouco tempo e ainda evidenciam alguns problemas que as tornam mais vulneráveis, mas têm vindo a crescer e um excelente ritmo nos últimos anos: os checos, terminaram a Liga Europeia de 2008 num brilhante 6º lugar, após terem conseguido o apuramento para a Superfinal, enquanto os azeris, que já foram treinados pelo brasileiro Guga, chegaram aos quartos-de-final do torneio de qualificação para o Mundial 2009.

Estas duas equipas nunca se haviam defrontado na história do futebol de praia, mas terão uma nova oportunidade dentro em breve, no torneio de qualificação para o Mundial 2011, a disputar nas próximas semanas em Bibione, também na Itália. De facto, Azerbeijão e República Checa foram inseridos no mesmo grupo, tendo como outros adversários a França e o Cazaquistão. Isto significa que, além da importância do jogo de hoje em termos de Liga Europeia, o duelo tinha particular importância por servir de preparação para o grande jogo do torneio de apuramento para o campeonato do mundo. Mas falemos agora sobre o jogo em si.

1º período: Azerbeijão começa de forma explosiva. Checos não conseguem marcar.

No primeiro período, os azeris entraram muito bem no jogo, marcando dois golos muito cedo, ainda nos dois primeiros minutos de jogo. No primeiro golo, o capitão azerbeijanês Elshad Guliyev rematou de muito longe, contando com a ajuda da areia, que desviou a bola na direcção da baliza. O segundo tento foi apontado por Elvin Guliyev, num remate forte após um bom passe do irmão Elshad Guliyev.

Os checos não conseguiram travar a energia azerbeijã e cedo se encontraram numa situação muito desfavorável, mas foram conseguindo conter a energia dos jogadores adversários, começando a chegar com perigo à baliza defendida pelo guarda-redes Kurdov. Contudo, o Azerbeijão, tacticamente superior tanto no ataque como na defesa, conseguiu segurar a vantagem, apesar dos eforços da República Checa, que chegou a conseguir atirar uma bola à barra. Resultado no final do 1º período: 2-0, com vantagem para a selecção azeri.

2º período: 6 golos e muita emoção! Azerbeijão permanece na frente.

O 2º período começou de uma forma totalmente diferente, com os checos a procurar o empate com determinação, jogando sem medo, exercendo uma pressão intensa sobre a selecção azerbeijã, que pareceu entrar em campo com alguma timidez. A República Checa conseguiu chegar ao primeiro golo por intermédio de Salak, na recarga após um remate forte de um colega de equipa. A vantagem do Azerbeijão não durou muito tempo, pois o mesmo Salak fez o empate alguns instantes depois, emendando um remate fraco de Dlouhy. 2-2 no marcador, resultado que se desfez na jogada seguinte, quando Zeynalov aproveitou da melhor maneira o pontapé de saída para fazer o terceiro golo da sua equipa: 3-2, vencia o Azerbeijão.

O jogo estava emocionante e assim continuou até ao fim do 2º período. O mesmo Zeynalov tentou marcar o seu segundo golo da tarde através de um remate acrobático, mas a bola saiu por cima da baliza, numa altura em que os Azeris pareciam ter retomado o controlo do jogo. Contudo, a reacção checa não se fez esperar, com Salak a empatar de novo a partida, apontando o terceiro golo na sua conta pessoal: Dlouhy conduziu o ataque com garra, fez o passe para Salak à meia volta e este não teve dificuldades em bater o guardião Kurdov: 3-3. O Azerbeijão voltava a pagar caro pelas suas falhas defensivas, muito bem aproveitadas pela atitude enérgica da República Checa.

Após um período do jogo com oportunidades para ambas as selecções, incluindo um cabeceamento de Cibula, da República Checa, ao poste da baliza azeri, e outro remate de cabeça, de Elvin Guliyev, que acertou em cheio na trave da baliza contrária, foi a equipa azerbeijã quem conseguiu chegar ao golo, com Huseynov a finalizar da melhor maneira um livre do meio campo, castigando um segundo atraso por parte dos checos: 4-3. E os problemas dos checos não ficaram por aqui, já que o Azerbeijão continuou a atacar, ampliando rapidamente a vantagem, num grande trabalho de Azizzade, que tocou a bola por cima de um adversário e rematou forte para o fundo das redes checas: era o 5-3, resultado que se manteve até ao fim do 2º período, apesar dos esforços da República Checa, incluindo um remate de Kovarek à barra da baliza de Kurdov.

3º período: República Checa tenta, mas não consegue empatar. Azerbeijão seguro, mas com azar.

O 3º período viu novamente uma selecção checa que entrou muito pressionante,  procurando golos que lhe permitissem permanecer na discussão do resultado. Porém, o Azerbeijão esteve bem a defender e acabou por conseguir sacudir a pressão dos checos, chegando com perigo à baliza checa, com um remate à trave de Zeynalov. Ainda assim, a República Checa não desistia e acabou mesmo por chegar ao golo: Salak, o jogador checo que mais se destacou, levantou a bola e rematou à meia volta, num belo gesto técnico, com a bola a embater no poste e a sobrar para Kuchera, que reduziu para 5-4 e manteve vivas as esperanças da equipa checa. Apesar disso, o resultado não sofreu mais alterações, com o Azerbeijão a resistir com bravura às tentativas dos checos, gerindo a vantagem com distinção e criando também algumas oportunidades de golo (contando com um remate ao poste de Elvin Guliyev).

Resultado final: 5-4 favorável aos azeris, num jogo em que a disciplina táctica se sobrepôs ao lado mais físico do futebol de praia. O Azerbeijão conquistou assim 3 pontos que poderão vir a ser preciosos nesta competição, ficando bem lançado rumo ao apuramento para a Promotion Final, enquanto a República Checa se encontra numa situação muito complicada, precisando de vencer a Holanda em tempo regulamentar e esperar que a Holanda derrote o Azerbeijão, também em tempo regulamentar, para ter esperanças de vencer este torneio de divisão B.

DIVISÃO A

Os jogos referentes ao torneio da divisão A neste primeiro dia de competição foram um interessante confronto entre França e Suíça, que terminou com o esperado triunfo dos helvéticos por 5-1, e um fantástico duelo entre portugueses e italianos, com a selecção nacional a sair vencedora por claros 6-2.

SUÍÇA 5 – 1 FRANÇA

Neste primeiro jogo da competição da divisão A defrontavam-se as únicas equipas que ainda não tinham pontuado nesta edição da Liga Europeia, mas por razões bem diferentes: a França porque saíra derrotada dos três jogos que disputara na segunda etapa da fase regular, em Marselha; a Suíça porque simplesmente ainda não tinha participado em nenhum evento da fase regular da Liga Europeia, tendo a sua estreia neste torneio em Lignano Sabbiadoro. De qualquer forma, qualquer uma das equipas só tinha a vitória em mente.

O cinco inicial da Suíça foi composto por Valentim (guarda-redes), Leu, Ziegler, Spacca e Stankovic, enquanto a França entrou em campo com Hamel (guarda-redes), François, Mendy, Basquaise e Sciortino.

O jogo: Suíça indiscutivelmente mais forte. França nada eficaz. Resultado justo.

Suíça domina.

A Suíça venceu a França sem grandes dificuldades. Na imagem, Jeremy Basquaise, capitão francês, luta pela posse de bola com Stephan Leu, capitão suíço. Dois grandes jogadores!

O jogo começou com algum equilíbrio, sendo notável a forma como a equipa francesa encarou o desafio, dispondo das primeiras oportunidades de golo. No entanto, como sempre, faltou a capacidade de finalização aos jogadores gauleses, que cedo enfrentaram sérias dificuldades defensivas, devido às rápidas combinações dos suíços no ataque. Os helvéticos, embora não controlassem propriamente o jogo, eram a equipa mais perigosa e foi num magnífico lance de inspiração que Stephan Leu, num remate de muito longe, bateu o guardião francês Sebastien Hamel: 1-0 favorável aos suíços, resultado que se manteve até ao fim do 1º período.

O 2º período trouxe uma França mais atrevida do que nos 12 minutos iniciais, mas só durante os primeiros minutos. Após algumas oportunidades desperdiçadas pelos jogadores franceses, numa fase em que os suíços pareciam ter algumas dificuldades na contenção do jogo gaulês, os comandados de Eric Cantona voltaram a ser dominados pelos suíços, que mais tarde ou mais cedo acabariam por marcar. E se Dejan Stankovic, a principal estrela da selecção helvética, cabeceou ao lado na sequência de um pontapé de canto cobrado na esquerda, o mesmo não aconteceu com Samuel Lutz, que aproveitou da melhor maneira uma tremenda falha de marcação da defensiva francesa para colocar a bola no interior da baliza de Hamel, após um outro canto.

O 2-0 não durou muito tempo, já que os suíços voltaram à carga poucos instantes depois, e desta vez por intermédio do melhor jogador do Mundial FIFA 2009, Stankovic: num lance rápido de contra-ataque, o número 9 da Suíça chutou forte para o fundo das redes gaulesas, num remate fantástico, dotado de uma potência extraordinária, num gesto prodigioso do atleta helvético. 3-0 no marcado, resultado que não sofreu alterações até ao fim do 2º período, apesar dos esforços suíços.

No derradeiro período do jogo, a França finalmente conseguiu chegar ao golo, num belo remate de Stéphane François, a bater de muito longe o guarda-redes Valentim Jaeggy. Porém, o 3-1 não constituiu um grande incentivo para os jogadores franceses, que não foram capazes de operar a reviravolta no marcador. Antes pelo contrário, foi a selecção suíça que, com o pragmatismo do costume, ampliou a vantagem, numa grande penalidade facilmente convertida por Stankovic: 4-1 a favor dos suíços, que restabeleceram assim a vantagem de 2 golos. Mais uma vez, a França não soube reagir e foram os helvéticos quem continuou a dominar o jogo, defendendo bem a vantagem e dispondo de algumas oportunidades para a dilatar ainda mais. O jogo continuou assim até ao final, com os gauleses cada vez mais desmotivados, e um golo de Stephan Meier no último segundo do jogo a colocar um ponto final ao quarto desaire consecutivo da França na Liga Europeia: 5-1.

Momento espectacular do capitão francês!

O inconformado Basquaise fez tudo para evitar o desaire da sua selecção, mas não conseguiu marcar. Na imagem, executa um grande pontapé de bicicleta, que infelizmente não deu golo.

Conclusões: Suíça entra com o pé direito. França em sarilhos

Que ilações poderemos nós retirar deste primeiro encontro do torneio da divisão A da Liga Europeia? Para começar, a Suíça, que fez uma boa exibição, conquistou 3 pontos importantes na Liga Europeia, começando da melhor maneira a caminhada rumo à Superfinal de Agosto. Os dois jogos que se avizinham frente a Itália e Portugal serão verdadeiros testes às capacidades dos suíços, que decerto pretendem repetir a vitória de 2008, quando venceram o torneio de Lignano Sabbiadoro.

A França, por seu turno, mostrou a insegurança do costume e perdeu mais uma oportunidade para ganhar pontos que lhe permitam escapar à última posição no ranking da fase regular. Os jogos seguintes serão ainda mais difíceis, frente às selecções italiana e portuguesa que não irão facilitar a tarefa. A França é neste momento a única equipa da divisão A sem qualquer ponto conquistado e parece que vai mesmo ficar no 8º lugar do ranking, sendo obrigada a disputar aPromotion Final em Agosto, com a obrigação de vencer para continuar na divisão A da Liga Europeia em 2010.

Jogadores suíços (Leu, Ziegler, Spacca, Stankovic e Valentin) festejam um golo com alegria contrastante em relação ao misto de desespero e frustração do francês Pagis.

PORTUGAL 6 – 2 ITÁLIA

O jogo final do dia reservou um emocionante duelo entre a selecção da casa e a equipa portuguesa. Os Azurri contaram com o apoio do simpático público de Lignano Sabbiadoro, que apesar de tudo não foi suficiente para encher o estádio montado no local: uma belíssima praia do Mar Adriático.

A selecção italiana partia para este torneio com 5 pontos, resultantes da sua prestação na etapa realizada em Moscovo, precisando de vencer alguns jogos para subir a sua classificação no ranking da fase regular e assegurar a qualificação para a Superfinal da Liga Europeia. Contudo, o verdadeiro objectivo dos transalpinos era (e continua a ser) a conquista desta terceira etapa da fase regular, com um sabor especial por ser disputada diante dos seus fãs.

A selecção portuguesa, por seu turno, chegou a Lignano Sabbiadoro com 3 pontos, obtidos na etapa marselhesa da competição, num torneio em que uma equipa portuguesa diferente da habitual foi ganhando experiência e progredindo jogo após jogo. No entanto, para esta etapa italiana, os objectivos do seleccionador nacional José Miguel são a conquista de pontos que assegurem uma boa classificação no ranking da fase regular e a utilização dos jogos como forma de treino para o torneio de apuramento para o Mundial 2011, tendo convocado para este efeito os jogadores que lhe dão mais garantias.

Antes de começar o jogo, o ambiente entre as equipas era fantástico, caracterizado por uma louvável boa disposição, bem evidente nos cumprimentos calorosos entre os jogadores e na forma amistosa como Madjer e Pasquali, capitães de equipa, trataram do sorteio habitual com os oficiais de arbitragem. Sorrisos, brincadeiras e muita alegria entre jogadores que se conhecem muito bem, sendo inclusivamente colegas de equipa nos clubes italianos que representam (actualmente, Madjer e Belchior jogam na Roma, onde também actuam Pasquali, Carotenuto e Spada). Após o pontapé de saída inicial, os sorrisos desapareceram e os atletas encararam o desafio com a seriedade própria de um grande jogo entre Portugal e Itália. Tinha começado a luta de titãs!

No último confronto entre Portugal e Itália, a selecção nacional derrotou os transalpinos por 10-7. Foi na meia-final da Taça Europa de Futebol de Praia 2010, realizada em Roma. Na imagem, Madjer tenta rematar, com Carotenuto pela frente.

No último confronto entre Portugal e Itália, a selecção nacional derrotou os transalpinos por 10-7. Foi na meia-final da Taça Europa de Futebol de Praia 2010, realizada em Roma. Na imagem, relativa a essa partida, Madjer tenta rematar, com Carotenuto pela frente. Espectáculo!

1º período: Portugal mais forte. Dois golos sem resposta. Paulo Graça em grande!

Portugal alinhou com o guarda-redes Paulo Graça, Coimbra, Alan, Madjer e Belchior, enquanto os italianos iniciaram o jogo com Spada na baliza, Leghissa, Pasquali, Corosiniti e Carotenuto como jogadores de campo. A partida começou equilibrada, com ambas as equipas a tentarem pegar no jogo, mas sem arriscar nada em termos defensivos. O primeiro lance de perigo pertenceu a Alan, que rematou em acrobacia em direcção à baliza italiana, mas o guarda-redes Spada estava atento e desviou para canto.

Portugal mostrou desde cedo uma notável segurança defensiva, que se viria a manter durante os 36 minutos de jogo, sendo uma das chaves para o sucesso lusitano na partida. Com uma organização táctica praticamente perfeita e um guardião inspirado (como sempre), os jogadores portugueses travaram todas as investidas italianas no 1º período, enquanto iam procurando golos no ataque, praticando o seu futebol de praia, de uma forma elegante e eficaz.

Rui Coimbra inaugurou o marcador no início do jogo, num cabeceamento de defesa impossível para Spada, correspondendo da melhor maneira a um lançamento do guarda-redes Paulo Graça. E se o guardião português tinha estado no primeiro golo ao assistir o seu colega de equipa, o segundo tento da equipa das quinas foi mesmo da sua autoria, através de um portentoso remate de muito longe, com a bola a viajar rasteira a grande velocidade na direcção da baliza italiana e Spada a não conseguir suster o remate. Belo momento do nosso guarda-redes, que instantes antes rematara ao poste e já merecia há muito um golo com a camisola da selecção nacional!

Grande ambiente o que se vive na selecção nacional de futebol de praia!

Os craques portugueses, Coimbra e Belchior, festejam um golo lusitano, provavelmente o primeiro, da autoria de Rui Coimbra. Muito bem! Temos equipa! Continuem!

O 2-0 verificado no final do 1º período justificava-se plenamente, pois Portugal tinha sido nitidamente a melhor equipa ao longo dos 12 minutos iniciais, controlando o jogo da melhor forma. Os italianos praticamente só haviam criado perigo na sequência de livres directos, que Paulo Graça se encarregou de defender com distinção!

2º período: Segurança lusitana. Portugal dilata a vantagem. Itália luta sem sucesso.

O 2º período trouxe novas emoções e 4 golos aos adeptos presentes no local e a todos os espectadores que, como eu, acompanhavam a partida pela televisão ou via Internet. O pontapé de saída pertencia à Itália, mas o temível remate de Pasquali foi travado pela barreira. Na primeira jogada da selecção portuguesa, Paulo Graça fez um lançamento longo para a corrida veloz de Belchior pela direita, com um remate forte do número 10 lusitano, defendido por Del Mestre, mas com a bola a ficar à mercê de Madjer, que chegara rapidamente à baliza italiana, preparado para a recarga, que valeu o terceiro golo para Portugal: 3-0 no marcador.

 Dois grandes jogadores, colegas de equipa na AS Roma!

Pasquali tenta escapar ao (im)pressionante Madjer, que segue no seu encalço. Dois grandes jogadores, colegas de equipa na AS Roma!

Não podia ter começado de forma mais favorável a Portugal este 2º período. Moralizados pela larga vantagem obtida, os jogadores portugueses permaneceram no ataque, criando várias oportunidades para dilatar a vantagem. Os pupilos de Giancarlo Magrini, decerto nada satisfeito(s) com o resultado, iam tentando reduzir a desvantagem, mas sem sucesso, graças à fabulosa solidez defensiva da selecção portuguesa. O trio Madjer-Alan-Belchior jogava bom futebol de praia, e foi numa destas jogadas que Portugal chegou ao quarto golo, apontado por Bilro, com assistência de Belchior. Naquela que foi provavelmente a fase mais interessante do jogo, o número 7 italiano Roberto Pasquali marcou o primeiro golo da formação da casa, através de um fortíssimo remate no pontapé de saída, que Paulo Graça não conseguiu suster, apesar de ainda ter tocado na bola.

Após esta parte mais fantástica do jogo, com o resultado em 4-1 favorável a Portugal, os golos começaram a escassear, embora o nível de futebol de praia se mantivesse elevado. Os lusos continuaram a atacar mais durante algum tempo, enquanto Madjer, Alan e Belchior permaneceram em campo, mas a dada altura foi a Itália quem conseguiu pegar no jogo e levar perigo à baliza de Paulo Graça. No entanto, a boa prestação defensiva de Portugal e as defesas de grande nível do guardião luso impediram novos golos italianos.

Entretanto, a selecção nacional nunca abdicou do ataque, e numa altura em que começava a conseguir libertar-se da pressão italiana, Portugal chegou ao quito golo: Paulo Neves foi carregado em falta por Carotenuto ainda na área lusitana e bateu Del Mestre na conversão do livre directo correspondente, num remate forte, bem direccionado, pela areia, com a bola a tocar no poste e a entrar na baliza italiana! Faltavam poucos segundos para terminar o 2º período e foi com 5-1 no marcador que as equipas partiram para intervalo.

3º período: Gestão do resultado. Um golo para cada lado.

O 3º período começou com a selecção nacional no ataque, impulsionada pelas iniciativas de Madjer, Alan e Belchior. Os golos, porém, não surgiram, e os transalpinos, gradualmente, foram conseguindo tomar conta do jogo, procurando desesperadamente um golo que os mantivesse em jogo. Mas mais uma vez a selecção nacional esteve impecável na forma como defendeu, inibindo as investidas italianas, que raramente conduziam a situações de perigo. Quando isso acontecia, estava lá o enorme Paulo Graça para negar o golo aos Azurri. Uma certa falta de acerto ofensivo dos italianos em algumas jogadas também contribuiu para o insucesso da equipa da casa.

Bruno Novo marcou um belo golo numa brilhante jogada individual.

Bruno Novo marcou um belo golo numa brilhante jogada individual. Na imagem, o número 18 português no momento da fotografia de equipa em 2009.

De resto, com Bruno Novo, Jordan e Neves a renderem Alan, Madjer e Belchior, o seleccionador nacional teve a oportunidade de fazer descansar os três jogadores mais célebres, sem que os jogadores mais jovens dessem sinais de fraqueza (aquela etapa marselhesa foi de facto fundamental para integrar melhor os jogadores mais novos e subir o seu nível de jogo). E as coisas estavam a correr mesmo bem, porque Portugal também conseguia sair para o ataque, com algumas jogadas de belo efeito, que podiam ter dado golo. O sexto tento acabou mesmo por sair, numa arrancada de Bruno Novo, que depois de roubar a bola a Carotenuto consegui fugir ao atacante italiano e rematar com sucesso para o fundo das redes azurras: 6-1 no marcador.

Após este golo, que matou o jogo, José Miguel substituiu Paulo Graça por João Carlos, que teve a oportunidade de se estrear no torneio, e trocou Bruno Novo por Alan, aproveitando os últimos minutos de jogo para fazer experiências (como forma de treino para a qualificação para o Mundial 2011). O resultado foi muito positivo, com Portugal a dispor de boas oportunidades para dilatar a vantagem, embora tal não tenha acontecido. De facto, foi a Itália quem conseguiu marcar, num pontapé de bicicleta de Pasquale Carotenuto sem hipótese de defesa para João Carlos Delgado. Alguns segundos volvidos, o árbitro apitou para o final do jogo, numa partida em que Portugal triunfou por expressivos 6-2.

A arbitragem fora justa, apesar dos protestos dos jogadores italianos em algumas partes do jogo (naturalmente, falo de Carotenuto e sobretudo Pasquali). Isto numa partida espectacular, com 8 golos, onde se jogou futebol de praia de qualidade, com duas boas equipas, sendo que Portugal se superiorizou claramente à Itália, conseguindo uma vitória merecida.

Selecção Nacional: Ponto da Situação

Assim, a selecção nacional começou da melhor maneira a terceira etapa da Liga Europeia, conquistando 3 pontos importantes para o ranking da fase regular e protagonizando uma excelente exibição diante de um grande adversário, que até jogou bem, apesar de algumas limitações evidentes. Portugal está bem lançado para vencer o torneio e confirmou o seu estatuto como uma das melhores selecções europeias neste momento.

Após a prestação menos bem conseguida na etapa marselhesa da Liga Europeia, muitas vozes da imprensa desportiva se levantaram contra a selecção nacional, considerando as prestações muito abaixo do esperado e duvidando da qualidade de Portugal. Muitas pessoas aproveitaram para insistir na velha história de que a selecção está muito dependente de Madjer, Alan e Belchior. Ora, neste primeiro jogo da etapa italiana, ficou provado que Portugal está actualmente num grande momento de forma, preparado para vencer qualquer equipa e qualquer competição, fazendo frente às saídas de Torres, Sousa e Zé Maria de uma forma exemplar.

Falhas defensivas como esta não se verificaram no jogo com a Itália.

Os jogadores mais jovens da nossa selecção conquistaram experiência na etapa marselhesa, onde evidenciaram alguns problemas que foram exemplarmente corrigidos nos jogos seguintes. Falhas defensivas como a da imagem não se verificaram no jogo com a Itália.

Portugal demonstrou também que os jogadores mais jovens têm qualidade e estão perfeitamente integrados na selecção nacional, sendo possível substituir os jogadores do cinco inicial sem que se verifique um abaixamento do nível de jogo. Aliás, neste maravilhoso jogo entre Portugal e Itália, todos os golos lusos foram apontados por jogadores diferentes, o que significa que 6 atletas portugueses conseguiram inscrever o seu nome na lista dos marcadores. E, na verdade, apenas um desses golos foi apontado por um jogador do trio Madjer-Alan-Belchior (o terceiro golo, da autoria de Madjer), enquanto os restantes 5 tentos foram marcados por outros jogadores. Por isso, acho que é altura de as pessoas admitirem que Portugal tem uma equipa forte em todos os aspectos, muito completa, com excelentes opções no banco e a capacidade para bater qualquer equipa.

Agora é preciso pensar em vencer a França amanhã, por um resultado seguro, com uma exibição personalizada como a de hoje. Seria bom que os jogadores portugueses aproveitassem para marcar mais alguns golos, expressando a sua técnica individual neste jogo que se pode tornar fácil. Mas é preciso cuidado, porque a França é uma equipa com potencialidades, embora estejam a fazer uma campanha desastrosa em 2010. Depois, será necessário derrotar a Suíça com mais uma grande exibição para vencer o torneio e alcançar a melhor classificação possível na fase regular da Liga Europeia.

RESULTADOS E CALENDÁRIO DE JOGOS:

1ª jornada – 2 de Julho:

Divisão B: Azerbeijão 5 – 4 República Checa

Divisão A: Suíça 5 – 1 França

Divisão A: Portugal 6 – 2 Itália

2ª jornada – 3 de Julho:

Divisão B: República Checa – Holanda (Eurosport 2) 14:00

Divisão A: França  – Portugal (Eurosport 2) 15:15

Divisão A: Suíça – Itália (Eurosport 2) 16:30

3ª jornada – 4 de Julho:

Divisão B: Holanda – Azerbeijão (Eurosport 2) 14:00

Divisão A: Portugal – Suíça (Eurosport 2) 15:15

Divisão A: Itália – França (Eurosport 2) 16:30

Nota: Todos os jogos podem ser vistos no site oficial da Beach Soccer World Wide, aqui. Uma vez no site, terão de clicar em Live Broadcast para ter acesso à transmissão dos jogos em directo.

O jogo: Suíça indiscutivelmente mais forte. França nada eficaz. Resultado justo.

Liga Europeia de Futebol de Praia 2010: Segunda etapa da Fase Regular – Marselha

Nota: Se procuram informações sobre a Superfinal da Liga Europeia de Futebol de Praia 2010, realizada em Lisboa, em Belém, visitem este post, onde poderão encontrar tudo o que pretendem.

Saudações aos leitores deste blogue. Este post será invulgarmente curto e pouco informativo, mas talvez venha a ser melhorado no futuro. As razões são a necessidade de escrever sobre este assunto imediatamente, dado que ficarei sem Internet durante algum tempo, e o facto de não dispor de muito tempo para desenvolver o tema como eu gostaria.

De qualquer forma, fica aqui a nota do seguinte:

Entre os dias 25 e 27 de Junho (6ª feira a Domingo) será disputada em Marselha, na França, a segunda etapa da fase regular da Liga Europeia de Futebol de Praia 2010. Os jogos têm lugar na Praia do Prado, durante a tarde, e têm transmissão directa na Eurosport e Eurosport 2, cuja programação pode ser verificada aqui. Penso que a Beach Soccer World Wide também vai transmitir os jogos, via online, aqui.

O evento compreende dois torneios: uma competição da divisão A, com 4 equipas que jogam em formato de liga, procurando amealhar pontos para o Ranking da fase regular, e um torneio da divisão B, com 3 equipas a jogarem entre si na luta por um lugar na Promotion Final a disputar em Portugal no fim do mês de Agosto.

Da divisão A estarão presentes as selecções de Portugal, Espanha, Polónia e França (os anfitriões), enquanto a divisão B contará com a presença da Bielo-Rússia, da Hungria e da Inglaterra. O espectáculo está garantido e serão certamente três dias fascinantes nas areias marselhesas. Portugal e Espanha são as equipas mais fortes da divisão A e espera-se que uma destas duas selecções vença o torneio.

Os lusos viajam para solo gaulês com uma equipa diferente da habitual, dadas as ausências de Madjer, Alan e Belchior, mas a equipa tem muitos outros jogadores com vontade de ganhar e ajudar o seu país, que farão certamente um bom trabalho. Eu acredito plenamente na vitória portuguesa, embora a selecção espanhola seja uma das equipas mais experientes da Europa e o jogo seja de dificuldade máxima. Mas Portugal tem todas as condições para ganhar! Além disso, o principal objectivo é rodar a equipa, dar minutos a jogadores menos utilizados, na sequência do processo de renovação que tem vindo a ser efectuado ao longo do tempo. Por isso, vai ser um grande torneio para Portugal, não tenho dúvidas!

Boa sorte ao pessoal da selecção nacional! Portugal está convosco!

Vamos ver o que esta competição nos reserva, em termos de equipa portuguesa e de futebol de praia em si! Tenho grandes esperanças…

Portugal – Jules – Beach – Verne – Soccer – Books

Saudações a todos os leitores (frequentes ou fortuitos) deste blogue. Na linha daquilo que tem vindo a acontecer ultimamente, este post surge depois de uma longa ausência da blogosfera, justificada pelos meus afazeres escolares e falta de vontade para escrever aqui no meu espaço. Assuntos, esses, não faltam, pelo que talvez se esperasse que o meu regresso ao mundo internáutico ficasse marcado por um artigo profundo, rico em conteúdo, pleno de significado, com uma mensagem a transmitir. No entanto, este post acaba por ser mais um dos Extras que começam a saturar o meu blogue.

Em todo o caso, acho que foi uma boa ideia reiniciar a minha actividade desta forma diferente, pois além de constituir uma maneira original de reabrir o blogue, tem também uma componente pessoal muito acentuada, dado que representa um somatório das minhas grandes paixões e interesses, entrelaçadas num complexo e intrincado sistema alfanumérico. Naturalmente, passo a explicar.

Como o leitor provavelmente saberá, sou um profundo admirador do futebol de praia em geral e da selecção nacional portuguesa da modalidade em particular, bem como um amante do vasto legado literário deixado pelo grande Júlio Verne.

Perante as tentativas de conjugar graficamente os nomes de jogadores da selecção nacional de futebol de praia com o nome do autor francês, levadas a cabo pelo meu colega Marco, decidi eu próprio aceitar esse desafio, concentrando esforços num projecto mais completo e abrangente. O objectivo seria incorporar as letras dos nomes Jules, Gabriel e Verne (os nomes do escritor na sua língua materna) nos nomes de atletas da equipa lusitana, procurando focar o maior número de jogadores possíveis, além de também serem referidos os números desses jogadores.

O resultado? Pode ser contemplado aqui em baixo, pois com certeza!

Durante a elaboração desse projecto, tive em conta várias regras, que foram sendo criadas por mim para fazer face aos problemas e necessidades do mesmo, além de lhe conferirem um carácter mais uniformizado:

1. São referidos no jogo (chamemos-lhe assim) todos os jogadores da selecção nacional de futebol de praia que têm constituído o corpo da equipa em 2009 e 2010. São também referidos o seleccionador nacional, José Miguel Mateus, o treinador-adjunto, Jhony Conceição, e o responsável pela equipa, João Morais.

2. A fim de possibilitar a integração de todos os membros da selecção nacional referidos anteriormente, foi acrescentado o adjectivo “ENORME” antes de “JULES GABRIEL VERNE”, enaltecendo a preponderância da obra do escritor. Cada nome tem de usar uma letra de “ENORME JULES GABRIEL VERNE”.

3.  Os nomes dos atletas têm de ser escritos na horizontal, da esquerda para a direita, a não ser na penúltima letra de cada palavra (“E” em “JULES”, por exemplo) ou na quarta letra a contar do fim de palavras com 6 ou mais letras (“O” em “ENORME”, por exemplo).

4. Se existirem iniciais, devem ser colocadas duas casas antes da primeira letra do nome do jogador, sendo o espaço em branco entre as duas casas ocupado por um ponto. No caso de o nome do membro da selecção nacional se tratar da conjugação de “Zé” com outro nome próprio, então deve ser escrito o segundo nome precedido por “ZE”, com um espaço negro entre eles.

5. Os números dos jogadores da selecção nacional devem ser referidos no final de cada nome, imediatamente a seguir à última letra, sem qualquer espaço entre o número e a letra. No caso dos membros da equipa técnica, esta indicação deve ser simplesmente ignorada. O facto de surgirem pares de jogadores com o mesmo número (2, 4, 5 e 9) é justificado tendo em conta que alguns destes jogadores representaram a selecção nacional em momentos diferentes, acabando os mais recentes por envergar as camisolas que outrora eram defendidas por outros atletas.

6. Os espaços entre duas palavras verticais (“ENORME JULES GABRIEL VERNE”) devem ser preenchidos de forma a obter afirmações rápidas e simples que incentivem o leitor a ler obras vernianas e a viver o futebol de praia, quer jogando quer assistindo.

Deste modo, consegui demonstrar que é perfeitamente possível fazer combinações interessantes e esteticamente aceitáveis tendo por base assuntos tão diversificados como Júlio Verne e a selecção portuguesa de futebol de praia. Acho que a nossa imaginação não tem limites, sendo que esta capacidade humana de criar coisas novas devia ser mais valorizada. As ideias, como disse hoje o professor António Câmara (numa conferência muito interessante que decorreu na minha escola e à qual tive o prazer de assistir), são a base de tudo, o que faz da aptidão para encontrar uma ideia original e revolucionária uma grande virtude, necessária ao progresso.

E assim se justifica um post diferente, escrito a horas avançadas da madrugada, onde consegui conjugar verdadeiramente as minhas 3 paixões… quero dizer, 2 paixões! Júlio Verne e o futebol de praia.

Onde que raio fui eu buscar a ideia da 3ª paixão? Talvez ao simbolismo da praia em si. Ou talvez ao meu sono incipiente, que me vai lentamente arrastando para uma calma noite de descanso, no meu leito tranquilo e confortável, palco de tantos delírios oníricos!

Spring Cup Viseu 2010: Sublime! Portugal vence Rússia em penaltis!

Não caibo em mim de contente. Após uma série de três derrotas frente à selecção russa, no ano de 2009, Portugal voltou a vencer a congénere de leste, com uma exibição segura e personalizada, que acabou por culminar num triunfo em grandes penalidades.

O jogo terminou empatado a três bolas, sendo o equilíbrio e a qualidade das equipas as notas dominantes. Os golos portugueses foram apontados por Belchior, que bisou, e Durval, que marcou por uma ocasião, enquanto os tentos russos tiveram a assinatura de Eremeev, que inaugurou o marcador, e Aksenov, que marcou por duas vezes no último período de jogo.

Dado que em futebol de praia não pode haver empates, a partida continuou, jogando-se 3 minutos de prolongamento. Uma vez que não foi marcado qualquer golo neste período suplementar, a decisão foi adiada para as grandes penalidades, em sistema de morte súbita, com Portugal a executar a primeira grande penalidade de cada série. Belchior e Eremeev marcaram, Torres e Shkarin também, e foi na terceira série que tudo se decidiu: Paulo Neves converteu o seu penalti e Paulo Graça defendeu o remate potente de Makarov, dando assim a vitória às cores nacionais.

Tenho de festejar e desfrutar deste sentimento de alegria que me invade de uma forma muito especial. Foram magníficos, os heróis das praias de Portugal. O poder da juventude lusitana triunfou sobre a frieza táctica dos gelos orientais.

Suíça 4 – 2 Inglaterra: Stankovic marca 4 golos em jogo do qual nada sei

Era o segundo dia de jogos na Spring Cup Viseu 2010. Por volta das 13:30 disputou-se, na arena do Pavilhão Multiusos, a primeira partida do dia, que colocava frente a frente a poderosa selecção helvética e o conjunto britânico, equipa modesta mas muito organizada.

Ambas as equipas tinham perdido os seus jogos no dia inaugural da competição, por isso necessitavam de uma vitória para manter vivas as esperanças de poder vir a conquistar o troféu. Dada a diferença abismal entre as duas selecções, previa-se um triunfo suíço e, presumivelmente, uma eventual goleada, tendo em conta a propensão dos pupilos de Angelo Schirinzi para trucidar as equipas mais débeis.

Conforme se esperava, a Suíça bateu a Inglaterra no primeiro jogo deste segundo dia de jogos da Spring Cup Viseu 2010, somando assim três preciosos pontos. O resultado final foi de 4-2 a favor dos helvéticos, sendo que o Bola de Ouro e Bota de Ouro do Mundial 2009, Dejan Stankovic, voltou a brilhar, marcando 4 golos e guiando a sua equipa à vitória na partida. Temos futebol de praia na Spring Cup!

Recorde-se que este jogo não teve transmissão directa nos canais SPORT TV e, por esse mesmo motivo, não tive a oportunidade de assistir ao confronto, nem pude conferir o seu resultado final. Foi pena, pois gosto muito de ver as actuações da equipa suíça.

Portugal 3 – 3 Rússia | prolongamento: POR 3 – 3 RUS | penaltis: POR 3 – 2 RUS

Infelizmente, devido a um início de tarde atribulado e um almoço tardio, acabei por não assistir aos momentos formais que antecederam o jogo, perdendo assim os hinos nacionais e a entrevista ao seleccionador nacional, mas também os primeiros 6 minutos de jogo, o que não me deixou nada satisfeito. Recorde-se que eu estou a acompanhar os jogos através de emissões online da SPORT TV 2, no extralive.tv, um site que permite a visualização de vários canais de televisão em directo.

Em todo o caso, quando cheguei ao meu quarto, onde o computador já estava no canal SPORT TV 2 do extralive.tv, o continuava a persistir o nulo no marcador, e segundo o narrador e o comentador, o jogo estava a ser muito equilibrado, praticamente sem ocasiões de golo e pouca emoção, num ambiente menos espectacular. Situação esta fácil de compreender, dado que a selecção russa se destaca pela sua enorme frieza defensiva, com um excelente registo de golos sofridos, e Portugal, com muita coesão entre os seus jogadores, também tem demonstrado uma extraordinária solidez ao nível da defesa ao longo deste torneio. De resto, se olharmos para o historial de confrontos entre as duas selecções, as equipas costumam ser muito cautelistas nos instantes iniciais da partida, mantendo a posse de bola e procurando o primeiro golo sem grandes pressas, dando maior importância ao aspecto defensivo.

1º período

Os primeiros momentos do jogo que eu testemunhei corresponderam a um ligeiro ascendente de Portugal no terreno, conseguindo a aproximação à baliza adversária. Contudo, imediatamente após estas ousadias lusitanas, os russos começaram a comandar as operações, logrando criar algumas situações de perigo, inauguradas por um cabeceamento de Strutinskiy para defesa complicada de Paulo Graça. Numa das jogadas seguintes, Bilro teve um momento de infelicidade e, levado pelas emoções da partida, fez uma falta sobre Eremeev muito perto da área portuguesa. O livre directo, em posição privilegiada, foi marcado com sucesso, pelo jogador que havia sofrido a falta, passando assim a Rússia para a frente do marcador. Oh, NÃO!!!

Todavia, decorria ainda o primeiro período de jogo, pelo que Portugal dispunha de muito tempo para alterar os números do marcador. Em todo o caso, o seleccionador nacional, José Miguel Mateus, consciente das dificuldades que a sua equipa estava a enfrentar, resolveu substituir todos os jogadores de campo, regressando ao jogo a mesma equipa que havia iniciado a partida. Com Belchior em campo, o rumo dos acontecimentos mudou radicalmente: a sua impetuosidade natural impeliu a equipa para o ataque e, sem desanimar, os lusos procuraram o golo do empate.

Um remate em pontapé de bicicleta do número 10 de Portugal levou muito perigo à baliza defendida por Ippolitov, pressagiando aquilo que alguns momentos depois se viria a verificar. Numa onda ofensiva da equipa das quinas, aumentando a pressão sobre a defensiva russa, Belchior foi carregado em falta e conquistou um livre muito longe da baliza adversária, atrás da linha imaginária do meio-campo, junto à linha lateral do lado esquerdo. O grau de dificuldade do livre era bem elevado, mas nada que impeça o sucesso do nosso jovem jogador: com um remate potente, direccionando a bola para junto do poste direito da baliza russa, sempre junto ao solo, Belchior beneficiou de um ressalto na areia que enganou Ippolitov para restabelecer a igualdade no marcador: 1-1.

Até ao final do 1º período, Portugal manteve-se mais balanceado no ataque, dispondo de algumas situações para chegar à tão ambicionada vantagem. Belchior, Torres e Durval protagonizaram jogadas de grande entendimento da turma portuguesa, a última das quais estava reservada para os segundos finais do período: Torres apodera-se da bola numa zona de grande perigo e, tendo um defesa adversário pela frente, fez um passe para Durval, que rematou com determinação, mas o guardião russo estava atento e conseguiu desviar para canto, numa defesa de grande nível. No entanto, não houve mais golos e as duas equipas foram empatadas a um a bola para o primeiro intervalo.

2º período

O 2º período foi um pouco semelhante ao primeiro, com a significativa diferença de não ter proporcionado golos aos cerca de mil espectadores que estavam presentes nas bancadas do Pavilhão Multiusos. Nos outros aspectos do jogo, o equilíbrio entre as duas selecções continuou a ser notável, bem como a grande dedicação das equipas ao jogo e o empenho em não conceder qualquer golo. Portugal teve períodos de maior circulação de bola, em que deteve, de certa maneira, o domínio do jogo, tal como a Rússia também dispôs de uma maior circulação de bola em certas fases do 2º período.

No começo do jogo, o conjunto nacional logrou impor um ritmo de jogo mais acentuado, controlando as operações e criando perigo para a baliza adversária. Belchior e Torres entendiam-se às mil maravilhas no ataque lusitano. Este ascendente português acabaria por não se materializar em golos e, progressivamente, a Rússia começou a entrar mais em jogo, equilibrando novamente a partida, quando a segunda equipa portuguesa entrava em campo. A sublinhar a grande capacidade defensiva da selecção nacional que, em momentos de maior pressão por parte dos adversários, não vacilou e conseguiu neutralizar as investidas russas. Enquanto isso, algumas boas combinações de Zé Maria, Neves e Coimbra iam mostrando que Portugal continuava a procurar o golo.

O regresso de Belchior, Torres, Durval e Sousa voltaria a ser benéfico para o conjunto lusitano, que acabaria o 2º período em cima da Rússia, tal como acontecera anteriormente, no 1º período. Sem golos, algumas oportunidades para ambas as equipas, o empate prevaleceu, incólume: 1-1.

3º período: domínio avassalador!

O derradeiro período de jogo, como que naturalmente, reservava emoções mais intensas aos amantes da modalidade que estivessem a seguir o duelo, entre os quais me encontro. A aproximação do fim da partida obrigava ambas as equipas a tentar alcançar a vantagem, apostando um pouco mais no sector ofensivo. De resto, compreende-se facilmente que as equipas arrisquem mais neste 3º período e acabem por ser obrigadas a cometer erros, em virtude do sempre influente factor psicológico.

Devo dizer que Portugal esteve por cima do jogo neste terceiro período, entrando em campo com muita vontade de vencer e acabar com o empate que perseguia as duas equipas desde o tento de Belchior. A Rússia, sempre muito fria e cautelista, parecia determinada a não conceder mais golos, mas não foi capaz de contrariar mais um poderoso ascendente da nossa selecção. Mais uma vez, Belchior liderou o jogo ofensivo de Portugal, iluminando a arena do pavilhão com a sua técnica formidável. Um livre de muito longe foi uma das principais oportunidades para o segundo golo de Portugal, mas Ippolitov conseguiu suster o remate do 10 lusitano, e a recarga de Sousa embateu num defesa russo.

A pressão atacante de Portugal era cada vez mais intensa, permitindo a antevisão do belíssimo momento de futebol de praia que estava para acontecer: Belchior, sensivelmente no meio-campo, levantou a bola e fez um passe soberbo para Torres, e o número 4 português, cheio de inspiração, executou um magnífico pontapé de bicicleta. o remate ainda foi defendido pelo jovem guarda-redes russo, mas Durval, que lutava pelo seu espaço no interior da área russa, chutou triunfalmente a bola para o interior da baliza adversária. Estava feito o segundo golo de Portugal, que pela primeira vez no jogo ficava em vantagem: 2-1 no placar, graças a um golo muito celebrado do jovem Durval.

O jogo estava a aquecer para o lado português, sem que a Rússia conseguisse reagir à superioridade do jogo de Portugal. As jogadas da selecção nacional continuavam a acontecer e, num lance algo confuso, a equipa de todos nós acabaria por dilatar a vantagem. Um jogador português (não me recordo quem) fez um passe para Belchior, mas a bola ia demasiado alta e Ippolitov conseguiu agarrar a bola, saltando sobre o 10 de Portugal, que se baixava para não ser atingido pelo guarda-redes adversário. Porém, este último chocou com Belchior em pleno salto, desequilibrou-se e largou a bola, caindo de forma desamparada na areia, onde acabou por dar uma cambalhota para a frente forçada (deve ter doído!). Ora a bola ficava à mercê do 10 português, que, de baliza aberta, só teve de encostar, marcando mais um golo muito festejado em Viseu (tanto pelo público como pelo próprio Belchior).

Nesta altura, Portugal dispunha de uma confortável vantagem de 2 golos, vencendo por 3-1, e dominava realmente a partida, continuando a criar novas oportunidades para marcar, com a equipa russa sufocada no seu meio-campo. Torres teve nos pés uma soberba ocasião para dilatar ainda mais a vantagem e matar o jogo, após um excelente trabalho de equipa, em combinação com Durval, mas não conseguiu bater Ippolitov, seguro entre os postes.

3º período: Contratempo!

Contudo, quando tudo corria pelo melhor aos pupilos de Zé Miguel, uma perda de bola no ataque viria a alterar o curso do jogo, revelando-se determinante para o resultado final. Com efeito, estando a equipa das quinas concentrada no aspecto ofensivo, acabou por permitir um contra-ataque muito perigoso ao conjunto russo, com a velocidade de Aksenov a fazer a diferença. Durval, que tentava acompanhar a corrida do jogador adversário, não conseguiu chegar a tempo, acabando por travar o jogador em falta. Era um livre muito perigoso para a baliza defendida por Paulo Graça, mas o pior foi a sanção disciplinar aplicada ao jovem português: viu o cartão vermelho e foi expulso do jogo, condenando Portugal a um período de 2 minutos com menos um jogador em campo.

Aksenov, com aquela frieza que caracteriza os russos, não vacilou e aproveitou o livre da melhor maneira, marcando um golo muito importante para a sua equipa, ao reduzir a desvantagem para a margem mínima. Na sequência da alteração inesperada da situação do jogo, o treinador português, José Miguel Mateus, alterou a equipa que estava em campo, trocando Belchior, Torres e Sousa por Zé Maria, Bilro e Coimbra. Esta segunda equipa, deixando de fora Paulo Neves, assumia contornos mais defensivos, evidenciando a preocupação do seleccionador nacional em preservar a vantagem no marcador.

A opção foi acertada, pois o conjunto luso, muito disciplinado, fez tudo o que podia para conservar o resultado, protegendo a baliza de Paulo Graça com bravura! Os três jogadores de campo, muito concentrados, não concederam espaços aos adversários e conseguiram suster o resultado durante grande parte do tempo, mantendo a posse de bola sempre que possível. Porém, a escassos segundos do período de inferioridade numérica, após ter roubado a bola aos atacantes russos, Coimbra, que estava a fazer uma exibição de grande nível, atrapalhou-se perante a pressão dos adversários e acabou por perder a bola numa zona muito perigosa, com os jogadores de leste a serem tremendamente eficazes e a marcarem o golo do empate, apontado por Aksenov com assistência de Krasheninikov. Que pena!

No entanto, apesar deste autêntico balde de água fria, reposta a normalidade do jogo de 5 contra 5, Portugal fez tudo por recuperar a vantagem, jogando com Belchior, Torres, Bilro e Coimbra em campo (Coimbra acabaria por sair para dar lugar a Sousa). O resultado persistiu, obstinado, como se nada o pudesse alterar, mas a selecção nacional tentou de tudo para desequilibrar o jogo e recuperar a vantagem merecida. Várias oportunidades foram criadas pelas cores nacionais, e, é justo dizer, a Rússia também teve uma ou duas suas ocasiões, apesar do ascendente lusitano. De qualquer forma, como já referi, não houve mais golos, nem mesmo quando Belchior rodou sobre um adversário e rematou com a bola a passar muito perto da baliza. Enfim, o 3-3 era um resultado que se aceitava, levando o jogo para prolongamento.

Decisão final: Prolongamento e Grandes Penalidades

Não houve golos nos três minutos de extratime. Ambas as equipas tentaram apontar um derradeiro golo, que lhes conferisse a vitória, sem precisar de recorrer a grandes penalidades. Mais uma vez, a turma portuguesa mostrou uma grande vontade de vencer e uma energia inesgotável, empurrando a Rússia para o seu meio-campo e procurando a criação de situações de perigo. Por seu turno, com a calma e paciência do costume, os russos iam resistindo às investidas lusas, permanecendo sempre perigosos no contra-ataque. Se bem me recordo, houve duas oportunidades para Portugal e um para a Rússia, num prolongamento que obedeceu aos moldes do jogo: equilíbrio dinâmico, com grande acerto defensivo e muita concentração, numa ligeira mas notável supremacia portuguesa que, no entanto, não se materializava em golos.

Os penaltis reservavam uma explosão de emoções ao público presente no Pavilhão Multiusos e aos telespectadores via SPORT TV 2. Após um período de moralização das duas selecções, em que os jogadores de ambas as equipas se prepararam psicologicamente para todas as decisões, o árbitro deu início à marcação de grandes penalidades, com Portugal a marcar primeiro. Belchior, num remate muito forte, cumpriu a sua função, assim como Eremeev, que rematou inteligentemente para o meio da baliza. Torres também marcou, numa grande penalidade superiormente executada, antes de Shkarin fazer o gosto ao pé, num remate que Paulo Graça por pouco não defendia. Foi a vez do jovem Paulo Neves, de Guimarães, enfrentar Ippolitov, e o corajoso atleta conseguiu mesmo bater o guardião russo, antes de Makarov, de quem Portugal guardava más memórias, atirar para uma defesa prodigiosa (mais uma!) do guarda-redes Paulo Graça!

Assim, Portugal derrotou os rivais russófonos com uma gigantesca intervenção do seu valente número 12, que começa a tornar-se um especialista a parar grandes penalidades. Após esta magnífica defesa de futebol de praia, todos os jogadores nacionais correram em direcção a Paulo Graça, abraçando-o e saltando para cima dele, asfixiando o guarda-redes português num fantástico momento de expressão emocional. E todos sorriam, alegremente, delirando com esta grande vitória sobre os eternos rivais de leste, que tanta resistência haviam oferecido, num duelo espectacular, que os viseenses recordarão durante muitos anos!

Spring Cup: situação actual

O panorama actual da Spring Cup Viseu 2010 é muito simples. Portugal lidera a classificação, com 5 pontos, resultantes de uma vitória frente à Inglaterra (3 pontos) e um triunfo em grandes penaltis frente à Rússia (2 pontos). Seguem-se a selecção russa, com 3 pontos, fruto de uma vitória diante dos helvéticos, e a própria Suíça, também com 3 pontos, após o triunfo de hoje contra a equipa britânica. Por fim, a Inglaterra surge no quarto lugar da prova, sem qualquer ponto, dado que perdeu os dois jogos que já disputou, não obstante as suas prestações muito conseguidas.

Amanhã teremos um Rússia vs Inglaterra ao início da tarde, pelas 14:30, sem transmissão televisiva, seguido de um emocionante Portugal vs Suíça, agendado para as 16:00, com transmitido para todo o país via SPORT TV 2, jogo esse que promete e vai decidir a conquista do torneio em Viseu. Já sabem que poderão acompanhar o desafio aqui.

Penso que não é lícito duvidar do triunfo dos russos frente à selecção inglesa, dada a acentuada diferença entre as duas selecções, por muito bem preparados que os bretões se encontrem. Assim, devemos contar com 6  pontos para a Rússia no final desta competição, sendo, por isso, necessário que Portugal vença a Suíça para conquistar a Spring Cup. Caso a Suíça consiga derrotar Portugal, a Rússia será campeã, com os helvéticos em segundo lugar e Portugal na terceira posição. Uma vitória lusitana, pelo contrário, lança os discípulos de José Miguel para o primeiro lugar do torneio, com os russos em segundo e a Suíça em terceiro.

Independentemente das contas, que têm de ser feitas, o objectivo de Portugal seria sempre um e ó um: vencer a Suíça no derradeiro jogo da competição e brindar os adeptos locais com mais uma grande vitória dos lusitanos em terras de Viriato. Por conhecer o espírito de equipa que se vive na selecção nacional e acreditar no valor dos nossos atletas, tenho esperanças numa vitória de Portugal diante dos helvéticos e na conquista da Spring Cup pela selecção nacional. Força, pessoal! Vamos conseguir!

Uma palavra à nossa selecção

Estão todos de parabéns, rapazes. Fizeram um jogo fabuloso, numa prestação ao mais alto nível, demonstrando que, com união e muita determinação, é possível vencer qualquer adversário em quaisquer circunstâncias. Estiveram todos muito bem e foi graças à vossa energia, à vossa garra, à vossa vontade que venceram este desafio. Estou muito orgulhoso de todos e tenho consciência do que esta vitória representa. Depois de três derrotas consecutivas frente aos russos, temos agora uma nova vitória para festejar animadamente! E mais! Provaram que, mesmo sem jogadores como Madjer e Alan, mas também Bruno, Bruno Novo e Tavares, a selecção nacional de futebol de praia tem um vasto plantel, com muita qualidade, numa amostra de juventude que constitui uma receita para o sucesso.

Com apenas um ou dois treinos antes da competição, demonstraram que são uma grande equipa, capazes dos maiores feitos e derrotar as melhores selecções. Claro que a Rússia também estava desfalcada, e ainda poderia fazer melhor do que isto. Mas a forma de jogar deles não muda nada e as novas esperanças também são grandes jogadores. Por essa razão, é sempre extremamente difícil vencer a Rússia e só uma grande selecção consegue essa façanha. Vocês conseguiram. Estão de parabéns!

Paulo Graça, João Carlos, Sousa, Bilro, Coimbra, Torres, Durval, Paulo Neves, Zé Maria e Belchior.

Zé Miguel, Jhony Conceição, Manuel Virgolino, João Morais, Farinha e Juju.

Estão todos de parabéns!

Spring Cup Viseu 2010: Belchior brilha e Portugal bate Inglaterra

Começou hoje a tão esperada Spring Cup Futebol de Praia Viseu 2010. A selecção russa, com uma equipa alternativa, venceu a congénere da Suíça, por 5-4. Portugal, sem Madjer e Alan, bateu a Inglaterra por 3-0, num jogo em que Belchior apontou todos os golos da equipa lusitana. Destaque para a frieza defensiva do colectivo português e para o bom entendimento entre os jogadores no ataque, com jogadas de belo efeito. Estamos no caminho certo!

Como vi os jogos? Muito simples: Limo Verde!

Uma vez que a televisão não incluía os canais SPORT TV e tendo em conta que estava sem acesso à Internet, fui obrigado a encontrar outras formas de assistir aos jogos do primeiro dia de competição. Não era muito difícil. Como já referi no post anterior, se queremos muito ver uma determinada transmissão desportiva da SPORT TV, basta caminhar em direcção a um estabelecimento de restauração perto de casa, com os canais desejados e pessoal simpático, pedir delicadamente para colocar a televisão no programa pretendido e saborear a beleza do desporto enquanto tomamos uma merenda suculenta.

Nesta ordem de ideias, à semelhança do que já fizera nas férias do Verão em 2008 e 2009, dirigi-me ao Limo Verde, um agradável café no centro da Parede (concelho de Cascais), e, educado mas resoluto, expressei o meu desejo humilde de ligar o televisor na SPORT TV 2 para desfrutar das jogadas das melhores selecções da Europa. O meu pedido foi atendido e, em poucos minutos, já estava sentado a uma mesa nas imediações da televisão, aguardando as partidas da Spring Cup enquanto o programa sobre a NBA terminava.

Lanchei um copo do mais delicioso sumo de laranja, acompanhado por uma viciante torrada com manteiga, e depois regalei a vista com o espectáculo do futebol de praia em Viseu, maravilhado com as emoções do Rússia vs Suíça, mas sobretudo com os magníficos pormenores técnicos do Portugal vs Inglaterra! Enquanto os jogos decorriam, as senhoras da Parede, com muitos anos de experiência, que tomavam o seu lanchinho, também iam deitando um olhar ao televisor, curiosas acerca da modalidade que suscitava em mim uma tão grande admiração. De vez em quando, faziam-me uma pergunta, interrogando-me sobre quem estava a jogar, qual era o resultado, quem estava a ganhar e se não era muito cansativo correr na areia. Tudo num bom ambiente, de simpatia e boa disposição, que eu apreciei e espero que se volte a repetir no futuro (já este Verão, provavelmente).

Desde já queria reafirmar o meu agradecimento aos funcionários do café, pelo qual eu sinto um carinho natural desde pequeno, amplificado agora por estes momentos únicos de futebol de praia!

Rússia 5 – 4 Suíça: os russos superaram uma Suíça adormecida, que despertou apenas no 3º período

No jogo que marcou o início da Spring Cup Viseu 2010, via-se muito público nas bancadas do Pavilhão Multiusos, com especial destaque para a população jovem, o que constitui um dado extremamente positivo em termos de crescimento da modalidade. As bancadas, tal como tinha sido anunciado, as bancadas estavam muito perto da areia e o banco de suplentes não era mais do que uma zona estreita onde algumas cadeiras estavam colocadas, para os jogadores se sentarem, entre o campo e a primeira fila das bancadas. A atmosfera era espectacular e todo o pavilhão estava envolvido na festa do futebol de praia. O evento prometia.

Quando a transmissão da SPORT TV 2 teve início, as selecção da Rússia e da Suíça dirigiam-se para o centro do terreno, onde os jogadores foram apresentados e entoaram os respectivos hinos nacionais, perspectivando-se um grande jogo da futebol de praia.

A Suíça ia alinhar com Nico (guarda-redes), Spacca, Leu, Mo e Stankovic, com Schirinzi, Meier, Rodrigues, Kaspar e Valentim (guarda-redes suplente) nas opções para entrada no jogo. Deste modo, a equipa suíça apresentava-se em Viseu com a sua melhor selecção, incluindo os grandes nomes da modalidade na Suíça, sem qualquer excepção. Pelo contrário, a Rússia apostava numa mistura inteligente de alguns jogadores mais experientes e dos seus jovens talentos, a maioria dos quais já se tinha estreado na temporada de 2009, sem, no entanto, se conseguir afirmar como protagonistas da sua selecção. Assim, o conjunto de leste jogou com Ippolitov (guarda-redes), Makarov, Strutinskiy, Shkarin e Eremeev a titulares, mantendo Shakmelyan, Aksenov, Amanov, Krasheninikov, e Krushev (guarda-redes substituto) nas reservas da equipa.

Tendo em conta a constituição das equipas e o maior tempo de preparação da selecção helvética, pensei que seria mais provável um triunfo suíço nesse jogo inaugural da Spring Cup. Enganei-me.

Logo desde o primeiro minuto, a Rússia demonstrou que tinha vindo a Viseu para vencer a Spring Cup, entrando em campo com muita determinação e vontade de ganhar. Na sequência do pontapé de saída, que pertenceu aos suíços, surgiu o primeiro golo dos russos: Spacca falha o passe para um companheiro de equipa e Eremeev, num contra-ataque muito rápido, driblou até ao meio-campo helvético e rematou rasteiro, sem hipótese de defesa para Nico Jung. Com a Rússia em vantagem por 1-0, a Suíça não conseguiu reagir, sendo notável a sua falta de acerto ofensivo. Pelo contrário, os russos, que defendiam com segurança, conseguiram impor o seu jogo, praticando uma excelente circulação de bola, que levaria ao segundo golo da tarde: Eremeev, novamente ele, captou o esférico em posição frontal à baliza suíça e disferiu um forte pontapé, bisando na partida e fazendo o 2-0 favorável à Rússia.

No entanto, no pontapé de saída seguinte, a Suíça conseguiria reduzir a desvantagem, numa magnífica jogada de entendimento entre Mo e Stankovic: após um remate interceptado pela defensiva russa, Mo e Stankovic entenderam-se às mil maravilhas no interior da área russa, conduzindo o ataque pelo lado esquerdo, com o número 9 a aproveitar da melhor forma o espaço e a rematar à baliza adversária, colocando o resultado em 2-1. Estava feito o primeiro golo de Stankovic na competição. Porém, depois de um início de 1º período tão agitado, o jogo mergulhou numa certa monotonia, com a Rússia a dispor de menos oportunidades, baixando o ritmo ofensivo, e a Suíça a procurar o empate de uma forma pouco objectiva e organizada. No entanto, a pouco e pouco, os helvéticos iam tentando, melhorando em termos qualitativos, até chegarem ao golo: num pontapé de canto: Stankovic, fugindo à marcação dos defesas, apareceu ao segundo poste e cabeceou para o fundo da baliza defendida por Ippolitov. 2-2 no placar.

Contudo, os russos reagiram muito bem ao golo do empate, marcando imediatamente na jogada seguinte. De facto, a um excelente trabalhou colectivo seguiu-se uma prodigiosa investida individual de Krasheninikov, que fintou um defesa, passou pelo guarda-redes suíço e, em vez de ir buscar a bola para o remate final, fez uma simulação no interior da área suíça, fingindo que Nico o tinha feito cair. Os árbitros deixaram-se iludir pela queda espalhafatosa do número 5 russo e assinalaram grande penalidade, ignorando os protestos desesperados do guardião suíço. No penalti, Krasheninikov, determinado a tudo para marcar, não facilitou e atirou forte, com a bola a entrar junto ao poste, sem qualquer chance de defesa para o pobre Nico, que não queria acreditar na sua falta de sorte: 3-2 para a Rússia, a poucos segundos do fim do 1º período. A Suíça ainda tentou voltar a repor a igualdade, mas não foi bem sucedida, indo mesmo a perder para o primeiro intervalo.

No 2º período, a tendência seria uma Suíça mais agressiva, com vontade de marcar e lutar pela vitória na partida, tirando partido da técnica dos seus jogadores na disputa do resultado. Os pupilos de Nikolai Pisarev, no entanto, estavam também decididos a manter a vantagem, defendendo com muita concentração e dedicação ao seu país. Foi uma luta interessante, mas a maior disciplina táctica da Rússia acabou por prevalecer sobre a criatividade dos helvéticos, que, apesar da sua vontade de praticar bom futebol de praia, falharam na construção de jogadas verdadeiramente perigosas. A dada altura do jogo, a Rússia conseguiu sacudir a pressão dos suíços, começando a levar muito perigo à baliza de Nico, num fluxo ofensivo que culminaria no quarto golo russo, marcado por Eremeev, na sequência de um pontapé de canto cobrado por Shkarin. 4-2 a favor dos de leste, 3 golos do número 11 da Rússia e a Suíça com a missão mais complicada.

Uma vez que os suíços não conseguiram inverter a situação nos minutos que restavam até ao fim do 2º período, Stankovic e os colegas partiram para os derradeiros 12 minutos de jogo com uma desvantagem por 2 golos. Acabariam por ficar a perder 5-2, com um golos de Aksenov, mas depois Stankovic e Spacca acabariam por reduzir para 5-4, marcando dois golos que se revelariam insuficientes para levar o jogo a prolongamento, apesar dos esforços dos helvéticos.

Spring Cup Viseu 2010: detalhada apresentação do evento

Depois de um período de inactividade de 130 dias, a selecção nacional de futebol de praia volta a entrar em campo. A Spring Cup está aí mesmo à porta e, contra todas as expectativas, Viseu é a cidade anfitriã. Com transmissões televisivas diárias, podemos assistir ao melhor futebol de praia europeu outra vez! A festa do futebol de praia está de volta!

Spring Cup Futebol de Praia Viseu 2010: o poder do desporto!

Antes de mais nada, gostaria de fazer uma breve introdução às circunstâncias que antecederam esta competição. Por minha vontade, já o teria feito antes, mas uma ausência de três dias durante os quais não tive acesso à Internet não mo permitiu. A Spring Cup terá lugar entre os dias 9 e 11 de Abril, em Viseu, no nosso querido Portugal.

Spring Cup Viseu 2010: expectativas para um grande evento desportivo

Spring Cup Viseu 2010: expectativas para um grande evento desportivo

Após um Inverno longo e rigoroso, o futebol de praia esteve ausente das vidas dos membros da selecção nacional portuguesa. Excluindo um amistoso disputado em São Paulo entre os campeões do mundo (a saber, o Brasil) e uma equipa All-Stars composta pelos melhores jogadores de todo o mundo, no qual Madjer e Alan participaram com grandes prestações, os nossos jogadores não tiveram qualquer oportunidade de pisar as macias areias da praia e praticar a sua modalidade predilecta, espelhando a sua técnica formidável. Deste modo, com o despontar dos primeiros sinais primaveris, a realização de uma competição internacional de beach soccer vinha mesmo a calhar.

Nesta linha de ideias, a cidade portuguesa de Viseu decidiu tomar a iniciativa e acolher um torneio internacional da modalidade. A Câmara Municipal de Viseu, sempre atenta ao desporto em geral, observando o elevado ritmo de crescimento do futebol de praia em anos recentes, organizou este evento de dimensão europeia, em cooperação com a PA Leading. A Federação Portuguesa de Futebol mostrou sempre uma grande receptividade ao projecto, louvando a promoção da modalidade num local diferente dos habituais e entendendo a importância de uma tal competição como pontapé de saída para o calendário da selecção das quinas.

Mas… Viseu não é uma cidade do interior? Exactamente. O distrito de Viseu, localizado na Beira Interior, não é banhado pela mais ínfima porção de mar, pelo que as praias marítimas não são uma realidade na cidade de Viriato. E qual é o problema? Estamos em pleno século XXI e o Homem já concebeu obras de engenharia bem mais complexas do que a construção de um campo Indoor de Futebol de Praia! Sendo o Pavilhão Multiusos de Viseu um excelente recinto desportivo, a preparação do terreno de jogo incidiu na deposição de 300 a 400 toneladas de uma areia específica sobre o pavimento, obedecendo a um plano rigoroso, tendo em vista a obtenção das condições ideais para a prática da modalidade. Por seu turno, as bancadas foram aproximadas da areia, estrategicamente, a fim de possibilitar um melhor contacto dos adeptos com o jogo em si.

Representando o primeiro Torneio Internacional Indoor de Futebol de Praia em Portugal, a Spring Cup Viseu 2010 foi reconhecida pela Beach Soccer World Wide (o organismo internacional para o futebol de praia) como competição integrante do Pro Beach Soccer Tour, entrando assim nas contas do Ranking Europeu da modalidade (5o pontos para o vencedor, 30 para o 2º lugar, 10 para o 3º lugar e 5 para o 4º lugar).

Conferência de Apresentação da Spring Cup Viseu 2010, dia 30 de Março, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Viseu. À esquerda, o seleccionador nacional, José Miguel Mateus; à direita, o delegado do futebol de praia da federação portuguesa de Futebol, João Morais. No centro, o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas. Entre João Morais e Fernando Ruas, o chefe da PA Leading, Miguel Rocha.

Conferência de Apresentação da Spring Cup Viseu 2010, dia 30 de Março, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Viseu. À esquerda, na extremidade da mesa, o seleccionador nacional, José Miguel Mateus. À direita, na extremidade oposta, o delegado do futebol de praia da federação portuguesa de Futebol, João Morais. No centro, o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas.

Enquanto satisfaz os interesses estratégicos da PA Leading, além de servir os interesses competitivos das principais potências europeias, o torneio teria o poder de unir os viseenses em torno do futebol de praia, lançando as base para a implantação da modalidade no interior do país e dando um passo de gigante rumo à aceitação do futebol de praia como um grande desporto em todo o país. Estamos a fazer História, meus amigos. O futebol de praia, gradualmente, está a tornar-se uma modalidade Universal!

Equipas Participantes: quem são ao certo?

Convidadas as selecções da Rússia, da Suíça e da Inglaterra, que disputariam a conquista do troféu com a selecção lusa, estavam reunidas todas as condições para um grande torneio!

De realçar que a Rússia é campeã europeia em título, tendo vencido a edição de 2009 da Liga Europeia de Futebol de Praia, onde derrotou Portugal na final por 4-3, enquanto a Suíça alcançou o 2º lugar no Campeonato de Mundo de Futebol de Praia do ano passado, no Dubai (EAU). Ambas as equipas, apesar das condições naturais pouco propícias à prática do futebol de praia, protagonizaram uma extraordinária evolução nos últimos anos, alcançando um lugar entre os colossos da modalidade a nível europeu e mundial, contrariamente ao que muitas almas “iluminadas” pensam (e depois vêm poluir os locais de discussão do futebol de praia na Internet com a sua arrogância ignorante).~

Rússia e Suíça, grandes potências do futebol de praia na actualidade, defrontarão-se no Mundial Dubai 2009, na partida dos quartos-de-final. Nesse jogo, a Suíça levou a melhor, batendo os rivais russófonos por 4-2.

Rússia e Suíça, grandes potências do futebol de praia na actualidade, defrontarão-se no Mundial Dubai 2009, na partida dos quartos-de-final. Nesse jogo, a Suíça levou a melhor, batendo os rivais russófonos por 4-2 com 3 golos do número 9 Stankovic.

Em relação à Inglaterra, que constitui uma das mais antigas equipas europeias na História do Futebol de Praia, nunca se afirmou realmente na modalidade, obtendo resultados fracos nos últimos anos, mas sem nunca desanimar e aceitando sempre qualquer convite endereçado pela organização deste tipo de eventos.

Terminando com a selecção portuguesa, posso dizer que somos uma das maiores selecções do mundo, com um palmarés invejável e uma qualidade muito elevada desde os primórdios do futebol de praia. Com vários títulos europeus e mundiais, Portugal é, a par da Espanha, a selecção que detém a hegemonia europeia da modalidade, além de ser a equipa que apresenta maior capacidade para fazer frente ao Brasil, constituindo a grande rival da selecção Canarinha. Em 2009, Portugal classificou-se num honroso 3º lugar no Mundial FIFA (Dubai) e arrecadou o título do Mundialito, com uma grande vitória diante do Brasil. No entanto, em termos europeus, as coisas não correram tão bem, com a Liga Europeia a fugir para a Rússia e a Taça da Europa a ir parar às mãos da Espanha.

No Ranking Europeu de 2009, a selecção das quinas ficou colocada em 3º lugar, abaixo das suas aspirações e em consequência dos resultados menos positivos da temporada (com muito azar, digamos). Em todo o caso, a época de 2010 está aí à porta e não há melhor forma de começar o ano do que uma grande vitória na primeira competição da época! E logo nesta Spring Cup, onde os lusos terão a oportunidade de defrontar os grandes rivais da Rússia e da Suíça?

Convocados: os reis das areias do Multiusos de Viseu

A equipa russa, de Nikolai Pisarev, optou por rodar o plantel e dar tempo de jogo aos jovens da selecção, que foram menos utilizados no decorrer do ano. Deste modo, jogadores mais experientes como Shkarin, Makarov e Shakhmelyan surgem ao lado de rostos recentes como Eremeev, Krasheninikov e Aksenov, colmatando as ausências de Leonov (capitão de equipa), Shaykov, Shishin e Gorchinskiy, com compromissos ao nível do futsal. O guardião russo, muito experiente, que eu considero estar entre os 3 ou 4 melhores do mundo, também está ausente, assim como o guarda-redes suplente, Gorodnov, devendo ser substituídos por dois estreantes na baliza.

Quanto à selecção helvética, já iniciara a época desportiva em Fevereiro, com uma deslocação ao Brasil, para defrontar os campeões mundiais, num grande jogo que terminou com a vitória dos anfitriões por 7-5. Para este torneio, o treinador Angelo Schirinzi decidiu levar o núcleo duro da sua selecção, incluindo jogadores como a super estrela Dejan Stankovic, o capitão Mo, e ainda Leu, Spacca, Meier, Rodrigues e o próprio Schirinzi (ele é jogador-treinador). A baliza, como de costume, é ocupada pelo experiente Nico Jung, com Vale no banco de suplentes.

A Inglaterra, por sua vez, treinada por Terry Bowes, escolheu um leque de jogadores que conjuga energia e maturidade, com velhas caras do futebol de praia britânico, como O’Calaghan, Mitchell e Bowes (também ele jogador-treinador), acompanhadas por outros valores, como Tony Kerr e Richard Young (o mais recente reforço da selecção britânica). Não conheço suficientemente bem o conjunto inglês para avaliar convenientemente esta equipa, mas parece empenhada em fazer esquecer a derrota por 17-4 contra Portugal no Torneio do Futebol Show em Novembro de 2009. Naturalmente considerada a equipa mais fraca em prova, os ingleses parecem determinados em apagar esta ideia.

Belchior, um dos jogadores mais experientes dos convocados para a Spring Cup, será o capitão de equipa na competição em Viseu e será um elemento fundamental na organização do jogo português.

Belchior, um dos jogadores mais experientes dos convocados para a Spring Cup, será o capitão de equipa na competição em Viseu e será um elemento fundamental na organização do jogo português.

Finalmente, a magnífica selecção portuguesa, comandada pelo ilustre José Miguel Mateus, aparece em Viseu com um grupo surpreendente, cheio de jovialidade e impetuosidade, munido de muita coragem e vontade de vencer. Falo desta forma porque Madjer e Alan, os dois líderes espirituais da nossa selecção, não estão presentes em Viseu, dada a sua participação no Campeonato Estadual de Futebol de Praia do Espírito Santo. O guarda-redes geralmente titular Bruno Silva também não figura na lista de convocados, assim como Nuno Tavares, mas a comitiva lusitana inclui nomes sonantes como Belchior (Bola de Bronze e Bota de Bronze do Mundial 2008), Torres, Sousa, Zé Maria e Bilro. Na baliza, Paulo Graça, com dois anos de futebol de praia internacional, defende as redes portuguesas, em parceria com João Carlos Delgado, pronto para intervir.

Os jovens talentos Bruno Novo, Paulo Neves, Durval e Coimbra completam o lote de eleitos para Spring Cup. Muita garra e genica é aquilo que se espera desta equipa rejuvenescida, visando uma rodagem do plantel e a revisão dos processos implementados na época transacta.

Horários dos jogos e transmissões em directo

6ª feira (9 de Abril)

17: 30  – Rússia vs Suíça (SPORT TV 2)

19:00 – Portugal vs Inglaterra (SPORT TV 2)

Sábado (10 de Abril)

13:30 – Suíça vs Inglaterra

15:00 – Portugal vs Rússia (SPORT TV 2)

Domingo (11 de Abril)

14:30 – Rússia vs Inglaterra

16:00 – Portugal vs Suíça (SPORT TV 2)

Gostaria de alertar os eventuais interessados para o seguinte: apesar do conhecido capitalismo dos canais SPORT TV, estes podem ser facilmente captados via online em sites como este. Por vezes, os canais de transmissão podem não estar operacionais, mas, geralmente, corre tudo bem e temos a possibilidade de assistir aos interessantes, mas dispendiosos programas da SPORT TV, sem pagar absolutamente nada. Se não funcionar, podem sempre recorrer a outros sites, pesquisando na Internet.

De resto, para quem não tem computador com Internet, podem sempre recorrer a outra alternativa: os estabelecimentos de restauração. Por diversas vezes frequentei cafés com os canais desportivos que transmitiam os jogos de futebol de praia, lanchando enquanto me deliciava com sublimes jogadas da minha modalidade favorita. Porque não?

Spring Cup Futebol de Praia Viseu 2010: grande torneio em perspectiva

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Para quem tem SPORT TV 2, não precisam de sair de casa, podendo acompanhar o evento directamente do conforto do vosso sofá. Se residirem nas proximidades de Viseu, então já sabem, dêem um saltinho ao Pavilhão Multiusos e apreciem a beleza desta modalidade divinal. Olhem que é uma oportunidade única…

Força Portugal!